Versão Almeida Revista e Atualizada (SBB)
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O Livro de Zacarias se divide em duas partes:
1. Os capítulos 1—8 dão as mensagens de Zacarias, um profeta que estava entre os israelitas que voltaram do cativeiro na Babilônia para Jerusalém. Zacarias foi companheiro do profeta Ageu. As mensagens do profeta, anunciadas entre 520 e 518 a.C, são uma série de visões que tratam da reconstrução de Jerusalém e do templo, do perdão dos pecados do povo e do futuro, quando o Messias viria.
2. Os capítulos 9—14 são uma coleção de mensagens a respeito do Messias e do Juízo Final. O texto de Zc 9.9 é citado em Mt 21.5 e Jo 12.15, textos que falam da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
1. Chamamento a voltar-se para Deus (1.1-6)
2. Visões simbólicas (1.7—6.8)
3. Coroação simbólica de Josué (6.9-15)
4. Instrução sobre o jejum. Anúncio da salvação messiânica (7.1—8.23)
5. Castigo das nações vizinhas (9.1-8)
6. O futuro rei de Sião (9.9-17)
7. O Senhor redimirá o seu povo (10.1—11.3)
8. Os dois pastores (11.4-17)
9. A libertação de Jerusalém (12.1—13.9)
10. Vitória final de Jerusalém (14.1-21)
Capítulo 1
A segunda visão: os quatro chifres e os quatro ferreiros
Capítulo 2
A terceira visão: Jerusalém é medida
Israel exortado a voltar para Sião
Capítulo 3
A quarta visão: o sumo sacerdote Josué
Capítulo 4
A quinta visão: o candelabro de ouro entre duas oliveiras
Capítulo 5
A sétima visão: a mulher e o efa
Capítulo 6
A oitava visão: os quatro carros
A coroação de Josué e o Renovo
Capítulo 7
A desobediência foi a causa do cativeiro
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulos 10 e 11
Capítulo 11 (cont.)
A parábola do pastor insensato
Capítulo 12
O arrependimento dos habitantes de Jerusalém
Capítulo 13
Eliminados os ídolos e os falsos profetas
Capítulo 14
O juízo sobre Jerusalém e seus opressores
A glória futura da cidade de Deus
1 No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo: 2 O SENHOR se irou em extremo contra vossos pais. 3 Portanto, dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tornai-vos para mim, diz o SENHOR dos Exércitos, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos. 4 Não sejais como vossos pais, a quem clamavam os primeiros profetas, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Convertei-vos, agora, dos vossos maus caminhos e das vossas más obras; mas não ouviram, nem me atenderam, diz o SENHOR. 5 Vossos pais, onde estão eles? E os profetas, acaso, vivem para sempre? 6 Contudo, as minhas palavras e os meus estatutos, que eu prescrevi aos profetas, meus servos, não alcançaram a vossos pais? Sim, estes se arrependeram e disseram: Como o SENHOR dos Exércitos fez tenção de nos tratar, segundo os nossos caminhos e segundo as nossas obras, assim ele nos fez.
7 No vigésimo quarto dia do mês undécimo, que é o mês de sebate, no segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido. 8 Tive de noite uma visão, e eis um homem montado num cavalo vermelho; estava parado entre as murteiras que havia num vale profundo; atrás dele se achavam cavalos vermelhos, baios e brancos. 9 Então, perguntei: meu senhor, quem são estes? Respondeu-me o anjo que falava comigo: Eu te mostrarei quem são eles. 10 Então, respondeu o homem que estava entre as murteiras e disse: São os que o SENHOR tem enviado para percorrerem a terra. 11 Eles responderam ao anjo do SENHOR, que estava entre as murteiras, e disseram: Nós já percorremos a terra, e eis que toda a terra está, agora, repousada e tranquila. 12 Então, o anjo do SENHOR respondeu: Ó SENHOR dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais estás indignado faz já setenta anos? 13 Respondeu o SENHOR com palavras boas, palavras consoladoras, ao anjo que falava comigo. 14 E este me disse: Clama: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Com grande empenho, estou zelando por Jerusalém e por Sião. 15 E, com grande indignação, estou irado contra as nações que vivem confiantes; porque eu estava um pouco indignado, e elas agravaram o mal. 16 Portanto, assim diz o SENHOR: Voltei-me para Jerusalém com misericórdia; a minha casa nela será edificada, diz o SENHOR dos Exércitos, e o cordel será estendido sobre Jerusalém. 17 Clama outra vez, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: As minhas cidades ainda transbordarão de bens; o SENHOR ainda consolará a Sião e ainda escolherá a Jerusalém.
18 Levantei os olhos e vi, e eis quatro chifres. 19 Perguntei ao anjo que falava comigo: que é isto? Ele me respondeu: São os chifres que dispersaram a Judá, a Israel e a Jerusalém. 20 O SENHOR me mostrou quatro ferreiros. 21 Então, perguntei: que vêm fazer estes? Ele respondeu: Aqueles são os chifres que dispersaram a Judá, de maneira que ninguém pode levantar a cabeça; estes ferreiros, pois, vieram para os amedrontar, para derribar os chifres das nações que levantaram o seu poder contra a terra de Judá, para a espalhar.
1 Tornei a levantar os olhos e vi, e eis um homem que tinha na mão um cordel de medir. 2 Então, perguntei: para onde vais tu? Ele me respondeu: Medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e qual o seu comprimento. 3 Eis que saiu o anjo que falava comigo, e outro anjo lhe saiu ao encontro. 4 E lhe disse: Corre, fala a este jovem: Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da multidão de homens e animais que haverá nela. 5 Pois eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória.
6 Eh! Eh! Fugi, agora, da terra do Norte, diz o SENHOR, porque vos espalhei como os quatro ventos do céu, diz o SENHOR. 7 Eh! Salva-te, ó Sião, tu que habitas com a filha da Babilônia. 8 Pois assim diz o SENHOR dos Exércitos: Para obter ele a glória, enviou-me às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho. 9 Porque eis aí agitarei a mão contra eles, e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram; assim, sabereis vós que o SENHOR dos Exércitos é quem me enviou. 10 Canta e exulta, ó filha de Sião, porque eis que venho e habitarei no meio de ti, diz o SENHOR. 11 Naquele dia, muitas nações se ajuntarão ao SENHOR e serão o meu povo; habitarei no meio de ti, e saberás que o SENHOR dos Exércitos é quem me enviou a ti. 12 Então, o SENHOR herdará a Judá como sua porção na terra santa e, de novo, escolherá a Jerusalém. 13 Cale-se toda carne diante do SENHOR, porque ele se levantou da sua santa morada.
1 Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor. 2 Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? 3 Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo. 4 Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniquidade e te vestirei de finos trajes. 5 E disse eu: ponham-lhe um turbante limpo sobre a cabeça. Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios; e o Anjo do SENHOR estava ali, 6 protestou a Josué e disse: 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos e observares os meus preceitos, também tu julgarás a minha casa e guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre estes que aqui se encontram. 8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens de presságio; eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo. 9 Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu lavrarei a sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a iniquidade desta terra, num só dia. 10 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, cada um de vós convidará ao seu próximo para debaixo da vide e para debaixo da figueira.
1 Tornou o anjo que falava comigo e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono, 2 e me perguntou: Que vês? Respondi: olho, e eis um candelabro todo de ouro e um vaso de azeite em cima com as suas sete lâmpadas e sete tubos, um para cada uma das lâmpadas que estão em cima do candelabro. 3 Junto a este, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e a outra à sua esquerda. 4 Então, perguntei ao anjo que falava comigo: meu senhor, que é isto? 5 Respondeu-me o anjo que falava comigo: Não sabes tu que é isto? Respondi: não, meu senhor. 6 Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos. 7 Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela!
8 Novamente, me veio a palavra do SENHOR, dizendo: 9 As mãos de Zorobabel lançaram os fundamentos desta casa, elas mesmas a acabarão, para que saibais que o SENHOR dos Exércitos é quem me enviou a vós outros. 10 Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo na mão de Zorobabel. Aqueles sete olhos são os olhos do SENHOR, que percorrem toda a terra.
11 Prossegui e lhe perguntei: que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do candelabro? 12 Tornando a falar-lhe, perguntei: que são aqueles dois raminhos de oliveira que estão junto aos dois tubos de ouro, que vertem de si azeite dourado? 13 Ele me respondeu: Não sabes que é isto? Eu disse: não, meu senhor. 14 Então, ele disse: São os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra.
1 Tornei a levantar os olhos e vi, e eis um rolo voante. 2 Perguntou-me o anjo: Que vês? Eu respondi: vejo um rolo voante, que tem vinte côvados de comprimento e dez de largura. 3 Então, me disse: Esta é a maldição que sai pela face de toda a terra, porque qualquer que furtar será expulso segundo a maldição, e qualquer que jurar falsamente será expulso também segundo a mesma. 4 Fá-la-ei sair, diz o SENHOR dos Exércitos, e a farei entrar na casa do ladrão e na casa do que jurar falsamente pelo meu nome; nela, pernoitará e consumirá a sua madeira e as suas pedras.
5 Saiu o anjo que falava comigo e me disse: Levanta, agora, os olhos e vê que é isto que sai. 6 Eu perguntei: que é isto? Ele me respondeu: É um efa que sai. Disse ainda: Isto é a iniquidade em toda a terra. 7 Eis que foi levantada a tampa de chumbo, e uma mulher estava sentada dentro do efa. 8 Prosseguiu o anjo: Isto é a impiedade. E a lançou para o fundo do efa, sobre cuja boca pôs o peso de chumbo. 9 Levantei os olhos e vi, e eis que saíram duas mulheres; havia vento em suas asas, que eram como de cegonha; e levantaram o efa entre a terra e o céu. 10 Então, perguntei ao anjo que falava comigo: para onde levam elas o efa? 11 Respondeu-me: Para edificarem àquela mulher uma casa na terra de Sinar, e, estando esta acabada, ela será posta ali em seu próprio lugar.
1 Outra vez, levantei os olhos e vi, e eis que quatro carros saíam dentre dois montes, e estes montes eram de bronze. 2 No primeiro carro, os cavalos eram vermelhos, no segundo, pretos, 3 no terceiro, brancos e no quarto, baios; todos eram fortes. 4 Então, perguntei ao anjo que falava comigo: que é isto, meu senhor? 5 Respondeu-me o anjo: São os quatro ventos do céu, que saem donde estavam perante o Senhor de toda a terra. 6 O carro em que estão os cavalos pretos sai para a terra do Norte; o dos brancos, após eles; o dos baios, para a terra do Sul. 7 Saem, assim, os cavalos fortes, forcejando por andar avante, para percorrerem a terra. O SENHOR lhes disse: Ide, percorrei a terra. E percorriam a terra. 8 E me chamou e me disse: Eis que aqueles que saíram para a terra do Norte fazem repousar o meu Espírito na terra do Norte.
A visão dos quatro carros
9 A palavra do SENHOR veio a mim, dizendo: 10 Recebe dos que foram levados cativos, a saber, de Heldai, de Tobias e de Jedaías, e vem tu no mesmo dia e entra na casa de Josias, filho de Sofonias, para a qual vieram da Babilônia. 11 Recebe, digo, prata e ouro, e faze coroas, e põe-nas na cabeça de Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote. 12 E dize-lhe: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do SENHOR. 13 Ele mesmo edificará o templo do SENHOR e será revestido de glória; assentar-se-á no seu trono, e dominará, e será sacerdote no seu trono; e reinará perfeita união entre ambos os ofícios. 14 As coroas serão para Helém, para Tobias, para Jedaías e para Hem, filho de Sofonias, como memorial no templo do SENHOR. 15 Aqueles que estão longe virão e ajudarão no edificar o templo do SENHOR, e sabereis que o SENHOR dos Exércitos me enviou a vós outros. Isto sucederá se diligentemente ouvirdes a voz do SENHOR, vosso Deus.
1 No quarto ano do rei Dario, veio a palavra do SENHOR a Zacarias, no dia quarto do nono mês, que é quisleu. 2 Quando de Betel foram enviados Sarezer, e Regém-Meleque, e seus homens, para suplicarem o favor do SENHOR, 3 perguntaram aos sacerdotes, que estavam na Casa do SENHOR dos Exércitos, e aos profetas: Continuaremos nós a chorar, com jejum, no quinto mês, como temos feito por tantos anos? 4 Então, a palavra do SENHOR dos Exércitos me veio a mim, dizendo: 5 Fala a todo o povo desta terra e aos sacerdotes: Quando jejuastes e pranteastes, no quinto e no sétimo mês, durante estes setenta anos, acaso, foi para mim que jejuastes, com efeito, para mim? 6 Quando comeis e bebeis, não é para vós mesmos que comeis e bebeis? 7 Não ouvistes vós as palavras que o SENHOR pregou pelo ministério dos profetas que nos precederam, quando Jerusalém estava habitada e em paz com as suas cidades ao redor dela, e o Sul e a campina eram habitados?
8 A palavra do SENHOR veio a Zacarias, dizendo: 9 Assim falara o SENHOR dos Exércitos: Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia, cada um a seu irmão; 10 não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu próximo. 11 Eles, porém, não quiseram atender e, rebeldes, me deram as costas e ensurdeceram os ouvidos, para que não ouvissem. 12 Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o SENHOR dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam; daí veio a grande ira do SENHOR dos Exércitos. 13 Visto que eu clamei, e eles não me ouviram, eles também clamaram, e eu não os ouvi, diz o SENHOR dos Exércitos. 14 Espalhei-os com um turbilhão por entre todas as nações que eles não conheceram; e a terra foi assolada atrás deles, de sorte que ninguém passava por ela, nem voltava; porque da terra desejável fizeram uma desolação.
1 Veio a mim a palavra do SENHOR dos Exércitos, dizendo: 2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tenho grandes zelos de Sião e com grande indignação tenho zelos dela. 3 Assim diz o SENHOR: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; Jerusalém chamar-se-á a cidade fiel, e o monte do SENHOR dos Exércitos, monte santo. 4 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém sentar-se-ão velhos e velhas, levando cada um na mão o seu arrimo, por causa da sua muita idade. 5 As praças da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão. 6 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Se isto for maravilhoso aos olhos do restante deste povo naqueles dias, será também maravilhoso aos meus olhos? — diz o SENHOR dos Exércitos. 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que salvarei o meu povo, tirando-o da terra do Oriente e da terra do Ocidente; 8 eu os trarei, e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, em verdade e em justiça.
9 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Sejam fortes as mãos de todos vós que nestes dias ouvis estas palavras da boca dos profetas, a saber, nos dias em que foram postos os fundamentos da Casa do SENHOR dos Exércitos, para que o templo fosse edificado. 10 Porque, antes daqueles dias, não havia salário para homens, nem os animais lhes davam ganho, não havia paz para o que entrava, nem para o que saía, por causa do inimigo, porque eu incitei todos os homens, cada um contra o seu próximo. 11 Mas, agora, não serei para com o restante deste povo como nos primeiros dias, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 Porque haverá sementeira de paz; a vide dará o seu fruto, a terra, a sua novidade, e os céus, o seu orvalho; e farei que o resto deste povo herde tudo isto. 13 E há de acontecer, ó casa de Judá, ó casa de Israel, que, assim como fostes maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis bênção; não temais, e sejam fortes as vossas mãos. 14 Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Como pensei fazer-vos mal, quando vossos pais me provocaram à ira, diz o SENHOR dos Exércitos, e não me arrependi, 15 assim pensei de novo em fazer bem a Jerusalém e à casa de Judá nestes dias; não temais. 16 Eis as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo, executai juízo nas vossas portas, segundo a verdade, em favor da paz; 17 nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o juramento falso, porque a todas estas coisas eu aborreço, diz o SENHOR.
18 A palavra do SENHOR dos Exércitos veio a mim, dizendo: 19 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: O jejum do quarto mês, e o do quinto, e o do sétimo, e o do décimo serão para a casa de Judá regozijo, alegria e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz. 20 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades; 21 e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do SENHOR e buscar ao SENHOR dos Exércitos; eu também irei. 22 Virão muitos povos e poderosas nações buscar em Jerusalém ao SENHOR dos Exércitos e suplicar o favor do SENHOR. 23 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.
1 A sentença pronunciada pelo SENHOR é contra a terra de Hadraque e repousa sobre Damasco, porque o SENHOR põe os olhos sobre os homens e sobre todas as tribos de Israel; 2 também repousa sobre Hamate, que confina com ele, sobre Tiro e Sidom, cuja sabedoria é grande. 3 Tiro edificou para si fortalezas e amontoou prata como o pó e ouro, como a lama das ruas. 4 Eis que o Senhor a despojará e precipitará no mar a sua força; e ela será consumida pelo fogo. 5 Asquelom o verá e temerá; também Gaza e terá grande dor; igualmente Ecrom, porque a sua esperança será iludida; o rei de Gaza perecerá, e Asquelom não será habitada. 6 Povo bastardo habitará em Asdode, e exterminarei a soberba dos filisteus. 7 Da boca destes tirarei o sangue dos sacrifícios idólatras e, dentre os seus dentes, tais abominações; então, ficarão eles como um restante para o nosso Deus; e serão como chefes em Judá, e Ecrom, como jebuseu. 8 Acampar-me-ei ao redor da minha casa para defendê-la contra forças militantes, para que ninguém passe, nem volte; que não passe mais sobre eles o opressor; porque, agora, vejo isso com os meus olhos.
9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta. 10 Destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o arco de guerra será destruído. Ele anunciará paz às nações; o seu domínio se estenderá de mar a mar e desde o Eufrates até às extremidades da terra.
11 Quanto a ti, Sião, por causa do sangue da tua aliança, tirei os teus cativos da cova em que não havia água. 12 Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também, hoje, vos anuncio que tudo vos restituirei em dobro. 13 Porque para mim curvei Judá como um arco e o enchi de Efraim; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia! E te porei, ó Sião, como a espada de um valente. 14 O SENHOR será visto sobre os filhos de Sião, e as suas flechas sairão como o relâmpago; o SENHOR Deus fará soar a trombeta e irá com os redemoinhos do Sul. 15 O SENHOR dos Exércitos os protegerá; eles devorarão os fundibulários e os pisarão; também beberão deles o sangue como vinho; encher-se-ão como bacias do sacrifício e ficarão ensopados como os cantos do altar. 16 O SENHOR, seu Deus, naquele dia, os salvará, como ao rebanho do seu povo; porque eles são pedras de uma coroa e resplandecem na terra dele. 17 Pois quão grande é a sua bondade! E quão grande, a sua formosura! O cereal fará florescer os jovens, e o vinho, as donzelas.
1 Pedi ao SENHOR chuva no tempo das chuvas serôdias, ao SENHOR, que faz as nuvens de chuva, dá aos homens aguaceiro e a cada um, erva no campo. 2 Porque os ídolos do lar falam coisas vãs, e os adivinhos veem mentiras, contam sonhos enganadores e oferecem consolações vazias; por isso, anda o povo como ovelhas, aflito, porque não há pastor. 3 Contra os pastores se acendeu a minha ira, e castigarei os bodes-guias; mas o SENHOR dos Exércitos tomará a seu cuidado o rebanho, a casa de Judá, e fará desta o seu cavalo de glória na batalha. 4 De Judá sairá a pedra angular; dele, a estaca da tenda; dele, o arco de guerra; dele sairão todos os chefes juntos. 5 E serão como valentes que, na batalha, pisam aos pés os seus inimigos na lama das ruas; pelejarão, porque o SENHOR está com eles, e envergonharão os que andam montados em cavalos.
6 Fortalecerei a casa de Judá, e salvarei a casa de José, e fá-los-ei voltar, porque me compadeço deles; e serão como se eu não os tivera rejeitado, porque eu sou o SENHOR, seu Deus, e os ouvirei. 7 Os de Efraim serão como um valente, e o seu coração se alegrará como pelo vinho; seus filhos o verão e se alegrarão; o seu coração se regozijará no SENHOR. 8 Eu lhes assobiarei e os ajuntarei, porque os tenho remido; multiplicar-se-ão como antes se tinham multiplicado. 9 Ainda que os espalhei por entre os povos, eles se lembram de mim em lugares remotos; viverão com seus filhos e voltarão. 10 Porque eu os farei voltar da terra do Egito e os congregarei da Assíria; trá-los-ei à terra de Gileade e do Líbano, e não se achará lugar para eles. 11 Passarão o mar de angústia, as ondas do mar serão feridas, e todas as profundezas do Nilo se secarão; então, será derribada a soberba da Assíria, e o cetro do Egito se retirará. 12 Eu os fortalecerei no SENHOR, e andarão no seu nome, diz o SENHOR.
1 Abre, ó Líbano, as tuas portas, para que o fogo consuma os teus cedros. 2 Geme, ó cipreste, porque os cedros caíram, porque as mais excelentes árvores são destruídas; gemei, ó carvalhos de Basã, porque o denso bosque foi derribado. 3 Eis o uivo dos pastores, porque a sua glória é destruída! Eis o bramido dos filhos de leões, porque foi destruída a soberba do Jordão!
4 Assim diz o SENHOR, meu Deus: Apascenta as ovelhas destinadas para a matança. 5 Aqueles que as compram matam-nas e não são punidos; os que as vendem dizem: Louvado seja o SENHOR, porque me tornei rico; e os seus pastores não se compadecem delas. 6 Certamente, já não terei piedade dos moradores desta terra, diz o SENHOR; eis, porém, que entregarei os homens, cada um nas mãos do seu próximo e nas mãos do seu rei; eles ferirão a terra, e eu não os livrarei das mãos deles.
7 Apascentai, pois, as ovelhas destinadas para a matança, as pobres ovelhas do rebanho. Tomei para mim duas varas: a uma chamei Graça, e à outra, União; e apascentei as ovelhas. 8 Dei cabo dos três pastores num mês. Então, perdi a paciência com as ovelhas, e também elas estavam cansadas de mim. 9 Então, disse eu: não vos apascentarei; o que quer morrer, morra, o que quer ser destruído, seja, e os que restarem, coma cada um a carne do seu próximo. 10 Tomei a vara chamada Graça e a quebrei, para anular a minha aliança, que eu fizera com todos os povos. 11 Foi, pois, anulada naquele dia; e as pobres do rebanho, que fizeram caso de mim, reconheceram que isto era palavra do SENHOR. 12 Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário trinta moedas de prata. 13 Então, o SENHOR me disse: Arroja isso ao oleiro, esse magnífico preço em que fui avaliado por eles. Tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na Casa do SENHOR. 14 Então, quebrei a segunda vara, chamada União, para romper a irmandade entre Judá e Israel.
15 O SENHOR me disse: Toma ainda os petrechos de um pastor insensato, 16 porque eis que suscitarei um pastor na terra, o qual não cuidará das que estão perecendo, não buscará a desgarrada, não curará a que foi ferida, nem apascentará a sã; mas comerá a carne das gordas e lhes arrancará até as unhas. 17 Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho! A espada lhe cairá sobre o braço e sobre o olho direito; o braço, completamente, se lhe secará, e o olho direito, de todo, se escurecerá.
1 Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel. Fala o SENHOR, o que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro dele. 2 Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor e também para Judá, durante o sítio contra Jerusalém. 3 Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra. 4 Naquele dia, diz o SENHOR, ferirei de espanto a todos os cavalos e de loucura os que os montam; sobre a casa de Judá abrirei os olhos e ferirei de cegueira a todos os cavalos dos povos. 5 Então, os chefes de Judá pensarão assim: Os habitantes de Jerusalém têm a força do SENHOR dos Exércitos, seu Deus. 6 Naquele dia, porei os chefes de Judá como um braseiro ardente debaixo da lenha e como uma tocha entre a palha; eles devorarão, à direita e à esquerda, a todos os povos em redor, e Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio lugar, em Jerusalém mesma. 7 O SENHOR salvará primeiramente as tendas de Judá, para que a glória da casa de Davi e a glória dos habitantes de Jerusalém não sejam exaltadas acima de Judá. 8 Naquele dia, o SENHOR protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre eles, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o Anjo do SENHOR diante deles. 9 Naquele dia, procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém.
10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito. 11 Naquele dia, será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom, no vale de Megido. 12 A terra pranteará, cada família à parte; a família da casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; a família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte; 13 a família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família dos simeítas à parte, e suas mulheres à parte. 14 Todas as mais famílias, cada família à parte, e suas mulheres à parte.
1 Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza. 2 Acontecerá, naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que eliminarei da terra os nomes dos ídolos, e deles não haverá mais memória; e também removerei da terra os profetas e o espírito imundo. 3 Quando alguém ainda profetizar, seu pai e sua mãe, que o geraram, lhe dirão: Não viverás, porque tens falado mentiras em nome do SENHOR; seu pai e sua mãe, que o geraram, o traspassarão quando profetizar. 4 Naquele dia, se sentirão envergonhados os profetas, cada um da sua visão quando profetiza; nem mais se vestirão de manto de pelos, para enganarem. 5 Cada um, porém, dirá: Não sou profeta, sou lavrador da terra, porque fui comprado desde a minha mocidade. 6 Se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos?, responderá ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos meus amigos.
7 Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos. 8 Em toda a terra, diz o SENHOR, dois terços dela serão eliminados e perecerão; mas a terceira parte restará nela. 9 Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: é meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus.
1 Eis que vem o Dia do SENHOR, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti. 2 Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade. 3 Então, sairá o SENHOR e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha. 4 Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade, para o sul. 5 Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos montes chegará até Azal; sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos, com ele. 6 Acontecerá, naquele dia, que não haverá luz, mas frio e gelo. 7 Mas será um dia singular conhecido do SENHOR; não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde.
8 Naquele dia, também sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e a outra metade, até ao mar ocidental; no verão e no inverno, sucederá isto. 9 O SENHOR será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o SENHOR, e um só será o seu nome.
10 Toda a terra se tornará como a planície de Geba a Rimom, ao sul de Jerusalém; esta será exaltada e habitada no seu lugar, desde a Porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à Porta da Esquina e desde a Torre de Hananel até aos lagares do rei. 11 Habitarão nela, e já não haverá maldição, e Jerusalém habitará segura.
12 Esta será a praga com que o SENHOR ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca. 13 Naquele dia, também haverá da parte do SENHOR grande confusão entre eles; cada um agarrará a mão do seu próximo, cada um levantará a mão contra o seu próximo. 14 Também Judá pelejará em Jerusalém; e se ajuntarão as riquezas de todas as nações circunvizinhas, ouro, prata e vestes em grande abundância. 15 Como esta praga, assim será a praga dos cavalos, dos mulos, dos camelos, dos jumentos e de todos os animais que estiverem naqueles arraiais.
16 Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos. 17 Se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. 18 Se a família dos egípcios não subir, nem vier, não cairá sobre eles a chuva; virá a praga com que o SENHOR ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos. 19 Este será o castigo dos egípcios e o castigo de todas as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.
20 Naquele dia, será gravado nas campainhas dos cavalos: Santo ao SENHOR; e as panelas da Casa do SENHOR serão como as bacias diante do altar; 21 sim, todas as panelas em Jerusalém e Judá serão santas ao SENHOR dos Exércitos; todos os que oferecerem sacrifícios virão, lançarão mão delas e nelas cozerão a carne do sacrifício. Naquele dia, já não haverá mercador na Casa do SENHOR dos Exércitos.