Tito

Versão Almeida Revista e Atualizada (SBB)


CAPÍTULOS

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Introdução

Tito, um gentio que havia se tornado cristão, foi um dos companheiros de trabalho e auxiliares do apóstolo Paulo no seu trabalho missionário (Gl 2.1-3; 2Co 7.6-16). Paulo o havia deixado na ilha de Creta a fim de que ele organizasse e dirigisse as igrejas dali (Tt 1.5). Na Epístola a Tito o apóstolo trata dos deveres e da maneira de agir dos dirigentes das igrejas; fala também das responsabilidades do próprio Tito no seu relacionamento com os vários grupos de pessoas das igrejas. O apóstolo recomenda que Tito use a sua autoridade para o bem do povo de Deus e que a sua maneira de agir seja tão correta, que sirva de exemplo para todos (2.7). Diz que a vida cristã se torna possível por causa da bondade e do amor de Deus, o qual nos salvou "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia" (3.5).

Esquema do conteúdo

Prefácio e saudação (1.1-4)

1. Qualificação dos líderes da Igreja (1.5-16)

2. Instrução a vários grupos (2.1-15)

3. Justificação por graça como fundamento da ética cristã (3.1-11)

Saudações e bênção (3.12-15)


Sumário

Capítulo 1

Prefácio e saudação

Deveres e qualificações dos ministros

Os falsos mestres e as falsas doutrinas

Capítulo 2

Os deveres de diferentes crentes

Os gloriosos benefícios da graça salvadora de Cristo

Capítulo 3

A graça leva às boas obras

As recomendações particulares, as saudações finais e a bênção


Capítulo 1

Prefácio e saudação

1 Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade, 2 na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos 3 e, em tempos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador, 4 a Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum, graça e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador.

Deveres e qualificações dos ministros

5 Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: 6 alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. 7 Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; 8 antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, 9 apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem.

Os falsos mestres e as falsas doutrinas

10 Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. 11 É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância. 12 Foi mesmo, dentre eles, um seu profeta, que disse: Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. 13 Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé 14 e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade. 15 Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas. 16 No tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra.

Capítulo 2

Os deveres de diferentes crentes

1 Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. 2 Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. 3 Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, 4 a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, 5 a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada. 6 Quanto aos moços, de igual modo, exorta-os para que, em todas as coisas, sejam criteriosos. 7 Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência, 8 linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito. 9 Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões, 10 não furtem; pelo contrário, deem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador.

Os gloriosos benefícios da graça salvadora de Cristo

11 Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, 12 educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, 13 aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, 14 o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.

15 Dize estas coisas; exorta e repreende também com toda a autoridade. Ninguém te despreze.

Capítulo 3

A graça leva às boas obras

1 Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra, 2 não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens. 3 Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. 4 Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, 5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, 6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, 7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.

8 Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens. 9 Evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis. 10 Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, 11 pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada.

As recomendações particulares, as saudações finais e a bênção

12 Quando te enviar Ártemas ou Tíquico, apressa-te a vir até Nicópolis ao meu encontro. Estou resolvido a passar o inverno ali. 13 Encaminha com diligência Zenas, o intérprete da lei, e Apolo, a fim de que não lhes falte coisa alguma. 14 Agora, quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se nas boas obras a favor dos necessitados, para não se tornarem infrutíferos. 15 Todos os que se acham comigo te saúdam; saúda quantos nos amam na fé.

A graça seja com todos vós.