5 de agosto, dia 217: Zacarias, cap. 1 a 4
O rei sábio joeira os perversos e faz passar sobre eles a roda. (Provérbios 20.26)
Ao mestre de canto, segundo a melodia “Corça da manhã”. Salmo de Davi
1 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?
2 Deus meu, clamo de dia, e não me respondes; também de noite, porém não tenho sossego.
3 Contudo, tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel.
4 Nossos pais confiaram em ti; confiaram, e os livraste.
5 A ti clamaram e se livraram; confiaram em ti e não foram confundidos.
6 Mas eu sou verme e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo.
7 Todos os que me veem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça:
8 Confiou no SENHOR! Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer.
9 Contudo, tu és quem me fez nascer; e me preservaste, estando eu ainda ao seio de minha mãe.
10 A ti me entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre de minha mãe, tu és meu Deus.
11 Não te distancies de mim, porque a tribulação está próxima, e não há quem me acuda.
12 Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam.
13 Contra mim abrem a boca, como faz o leão que despedaça e ruge.
14 Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.
15 Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.
16 Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés.
17 Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim.
18 Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes.
19 Tu, porém, SENHOR, não te afastes de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me.
20 Livra a minha alma da espada, e, das presas do cão, a minha vida.
21 Salva-me das fauces do leão e dos chifres dos búfalos; sim, tu me respondes.
22 A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio da congregação;
23 vós que temeis o SENHOR, louvai-o; glorificai-o, vós todos, descendência de Jacó; reverenciai-o, vós todos, posteridade de Israel.
24 Pois não desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro.
25 De ti vem o meu louvor na grande congregação; cumprirei os meus votos na presença dos que o temem.
26 Os sofredores hão de comer e fartar-se; louvarão o SENHOR os que o buscam. Viva para sempre o vosso coração.
27 Lembrar-se-ão do SENHOR e a ele se converterão os confins da terra; perante ele se prostrarão todas as famílias das nações.
28 Pois do SENHOR é o reino, é ele quem governa as nações.
29 Todos os opulentos da terra hão de comer e adorar, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele, até aquele que não pode preservar a própria vida.
30 A posteridade o servirá; falar-se-á do Senhor à geração vindoura.
31 Hão de vir anunciar a justiça dele; ao povo que há de nascer, contarão que foi ele quem o fez.
Parte XII
Os Profetas após o Exílio
O Livro de Zacarias se divide em duas partes:
1. Os capítulos 1—8 dão as mensagens de Zacarias, um profeta que estava entre os israelitas que voltaram do cativeiro na Babilônia para Jerusalém. Zacarias foi companheiro do profeta Ageu. As mensagens do profeta, anunciadas entre 520 e 518 a.C, são uma série de visões que tratam da reconstrução de Jerusalém e do templo, do perdão dos pecados do povo e do futuro, quando o Messias viria.
2. Os capítulos 9—14 são uma coleção de mensagens a respeito do Messias e do Juízo Final. O texto de Zc 9.9 é citado em Mt 21.5 e Jo 12.15, textos que falam da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
1. Chamamento a voltar-se para Deus (1.1-6)
2. Visões simbólicas (1.7—6.8)
3. Coroação simbólica de Josué (6.9-15)
4. Instrução sobre o jejum. Anúncio da salvação messiânica (7.1—8.23)
5. Castigo das nações vizinhas (9.1-8)
6. O futuro rei de Sião (9.9-17)
7. O Senhor redimirá o seu povo (10.1—11.3)
8. Os dois pastores (11.4-17)
9. A libertação de Jerusalém (12.1—13.9)
10. Vitória final de Jerusalém (14.1-21)
1 No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo: 2 O SENHOR se irou em extremo contra vossos pais. 3 Portanto, dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tornai-vos para mim, diz o SENHOR dos Exércitos, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos. 4 Não sejais como vossos pais, a quem clamavam os primeiros profetas, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Convertei-vos, agora, dos vossos maus caminhos e das vossas más obras; mas não ouviram, nem me atenderam, diz o SENHOR. 5 Vossos pais, onde estão eles? E os profetas, acaso, vivem para sempre? 6 Contudo, as minhas palavras e os meus estatutos, que eu prescrevi aos profetas, meus servos, não alcançaram a vossos pais? Sim, estes se arrependeram e disseram: Como o SENHOR dos Exércitos fez tenção de nos tratar, segundo os nossos caminhos e segundo as nossas obras, assim ele nos fez.
7 No vigésimo quarto dia do mês undécimo, que é o mês de sebate, no segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido. 8 Tive de noite uma visão, e eis um homem montado num cavalo vermelho; estava parado entre as murteiras que havia num vale profundo; atrás dele se achavam cavalos vermelhos, baios e brancos. 9 Então, perguntei: meu senhor, quem são estes? Respondeu-me o anjo que falava comigo: Eu te mostrarei quem são eles. 10 Então, respondeu o homem que estava entre as murteiras e disse: São os que o SENHOR tem enviado para percorrerem a terra. 11 Eles responderam ao anjo do SENHOR, que estava entre as murteiras, e disseram: Nós já percorremos a terra, e eis que toda a terra está, agora, repousada e tranquila. 12 Então, o anjo do SENHOR respondeu: Ó SENHOR dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais estás indignado faz já setenta anos? 13 Respondeu o SENHOR com palavras boas, palavras consoladoras, ao anjo que falava comigo. 14 E este me disse: Clama: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Com grande empenho, estou zelando por Jerusalém e por Sião. 15 E, com grande indignação, estou irado contra as nações que vivem confiantes; porque eu estava um pouco indignado, e elas agravaram o mal. 16 Portanto, assim diz o SENHOR: Voltei-me para Jerusalém com misericórdia; a minha casa nela será edificada, diz o SENHOR dos Exércitos, e o cordel será estendido sobre Jerusalém. 17 Clama outra vez, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: As minhas cidades ainda transbordarão de bens; o SENHOR ainda consolará a Sião e ainda escolherá a Jerusalém.
18 Levantei os olhos e vi, e eis quatro chifres. 19 Perguntei ao anjo que falava comigo: que é isto? Ele me respondeu: São os chifres que dispersaram a Judá, a Israel e a Jerusalém. 20 O SENHOR me mostrou quatro ferreiros. 21 Então, perguntei: que vêm fazer estes? Ele respondeu: Aqueles são os chifres que dispersaram a Judá, de maneira que ninguém pode levantar a cabeça; estes ferreiros, pois, vieram para os amedrontar, para derribar os chifres das nações que levantaram o seu poder contra a terra de Judá, para a espalhar.
1 Tornei a levantar os olhos e vi, e eis um homem que tinha na mão um cordel de medir. 2 Então, perguntei: para onde vais tu? Ele me respondeu: Medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e qual o seu comprimento. 3 Eis que saiu o anjo que falava comigo, e outro anjo lhe saiu ao encontro. 4 E lhe disse: Corre, fala a este jovem: Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da multidão de homens e animais que haverá nela. 5 Pois eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória.
6 Eh! Eh! Fugi, agora, da terra do Norte, diz o SENHOR, porque vos espalhei como os quatro ventos do céu, diz o SENHOR. 7 Eh! Salva-te, ó Sião, tu que habitas com a filha da Babilônia. 8 Pois assim diz o SENHOR dos Exércitos: Para obter ele a glória, enviou-me às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho. 9 Porque eis aí agitarei a mão contra eles, e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram; assim, sabereis vós que o SENHOR dos Exércitos é quem me enviou. 10 Canta e exulta, ó filha de Sião, porque eis que venho e habitarei no meio de ti, diz o SENHOR. 11 Naquele dia, muitas nações se ajuntarão ao SENHOR e serão o meu povo; habitarei no meio de ti, e saberás que o SENHOR dos Exércitos é quem me enviou a ti. 12 Então, o SENHOR herdará a Judá como sua porção na terra santa e, de novo, escolherá a Jerusalém. 13 Cale-se toda carne diante do SENHOR, porque ele se levantou da sua santa morada.
1 Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor. 2 Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? 3 Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo. 4 Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniquidade e te vestirei de finos trajes. 5 E disse eu: ponham-lhe um turbante limpo sobre a cabeça. Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios; e o Anjo do SENHOR estava ali, 6 protestou a Josué e disse: 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos e observares os meus preceitos, também tu julgarás a minha casa e guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre estes que aqui se encontram. 8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens de presságio; eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo. 9 Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu lavrarei a sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a iniquidade desta terra, num só dia. 10 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, cada um de vós convidará ao seu próximo para debaixo da vide e para debaixo da figueira.
1 Tornou o anjo que falava comigo e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono, 2 e me perguntou: Que vês? Respondi: olho, e eis um candelabro todo de ouro e um vaso de azeite em cima com as suas sete lâmpadas e sete tubos, um para cada uma das lâmpadas que estão em cima do candelabro. 3 Junto a este, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e a outra à sua esquerda. 4 Então, perguntei ao anjo que falava comigo: meu senhor, que é isto? 5 Respondeu-me o anjo que falava comigo: Não sabes tu que é isto? Respondi: não, meu senhor. 6 Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos. 7 Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela!
8 Novamente, me veio a palavra do SENHOR, dizendo: 9 As mãos de Zorobabel lançaram os fundamentos desta casa, elas mesmas a acabarão, para que saibais que o SENHOR dos Exércitos é quem me enviou a vós outros. 10 Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo na mão de Zorobabel. Aqueles sete olhos são os olhos do SENHOR, que percorrem toda a terra.
11 Prossegui e lhe perguntei: que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do candelabro? 12 Tornando a falar-lhe, perguntei: que são aqueles dois raminhos de oliveira que estão junto aos dois tubos de ouro, que vertem de si azeite dourado? 13 Ele me respondeu: Não sabes que é isto? Eu disse: não, meu senhor. 14 Então, ele disse: São os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra.
O Povo do Reino de Deus
A Segunda Epístola de Paulo a Timóteo trata principalmente das responsabilidades e dos deveres de Timóteo. O apóstolo sente que a sua vida está chegando ao fim; por isso, com carinho e dedicação, ele dá conselhos a Timóteo, seu amigo e companheiro de trabalho, para que seja forte na fé e continue sendo um fiel soldado de Jesus Cristo. Ainda mais: que seja zeloso no cumprimento dos seus deveres de dirigente da Igreja e cumpra com fidelidade o seu ministério (4.5). O apóstolo fala sobre a sua própria maneira de viver, a sua fé, o seu amor e a sua firmeza, que devem ser imitados pelo seu jovem companheiro de trabalho (3.10-11). Cheio de coragem e confiança, o apóstolo resume a sua vida e a sua esperança de servo de Deus, afirmando o seguinte: "Combati o bom combate, completei a carreira, e guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia" (4.7-8).
Prefácio e saudação (1.1-5)
1. Exortação a permanecer fiel e guardar a fé (1.6-18)
2. Um bom soldado de Jesus Cristo (2.1-13)
3. Um obreiro aprovado (2.14-26)
4. Caráter dos homens nos últimos dias (3.1-17)
5. Pregação da palavra (4.1-8)
6. Instruções pessoais (4.9-18)
Saudações e bênção (4.19-22)
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus, 2 ao amado filho Timóteo, graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.
3 Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com consciência pura, porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia. 4 Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria 5 pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti.
6 Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. 7 Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação. 8 Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, 9 que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, 10 e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho, 11 para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre 12 e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia. 13 Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus. 14 Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós.
15 Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Fígelo e Hermógenes. 16 Conceda o Senhor misericórdia à casa de Onesíforo, porque, muitas vezes, me deu ânimo e nunca se envergonhou das minhas algemas; 17 antes, tendo ele chegado a Roma, me procurou solicitamente até me encontrar. 18 O Senhor lhe conceda, naquele Dia, achar misericórdia da parte do Senhor. E tu sabes, melhor do que eu, quantos serviços me prestou ele em Éfeso.
1 Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus. 2 E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. 3 Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. 4 Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou. 5 Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas. 6 O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos. 7 Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas.
8 Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho; 9 pelo qual estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de Deus não está algemada. 10 Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória. 11 Fiel é esta palavra:
Se já morremos com ele, também viveremos com ele;
12 se perseveramos, também com ele reinaremos;
se o negamos, ele, por sua vez, nos negará;
13 se somos infiéis, ele permanece fiel,
pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.
14 Recomenda estas coisas. Dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes. 15 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 16 Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior. 17 Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto. 18 Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns. 19 Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo:
O Senhor conhece os que lhe pertencem.
E mais:
Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.
20 Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. 21 Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra. 22 Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. 23 E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas. 24 Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, 25 disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, 26 mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.
1 Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, 2 pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, 3 desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, 4 traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, 5 tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. 6 Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, 7 que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. 8 E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; 9 eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles.
10 Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, 11 as minhas perseguições e os meus sofrimentos, quais me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra, — que variadas perseguições tenho suportado! De todas, entretanto, me livrou o Senhor. 12 Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. 13 Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.
14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste 15 e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. 16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
1 Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: 2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. 3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. 5 Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.
6 Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. 7 Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. 8 Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.
9 Procura vir ter comigo depressa. 10 Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. 11 Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério. 12 Quanto a Tíquico, mandei-o até Éfeso. 13 Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos. 14 Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras. 15 Tu, guarda-te também dele, porque resistiu fortemente às nossas palavras. 16 Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja posto em conta! 17 Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão. 18 O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!
19 Saúda Prisca, e Áquila, e a casa de Onesíforo. 20 Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto. 21 Apressa-te a vir antes do inverno. Êubulo te envia saudações; o mesmo fazem Prudente, Lino, Cláudia e os irmãos todos.
22 O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja convosco.