Leitura Diária da Bíblia

21 de setembro, dia 264: Marcos, cap. 15 e 16

Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos?

Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada.

Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.

Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco.

Os teus olhos verão coisas esquisitas, e o teu coração falará perversidades.

Serás como o que se deita no meio do mar e como o que se deita no alto do mastro e dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando despertarei? Então, tornarei a beber.

(Provérbios 23:29-35)

Salmo 69

O lamento do Messias

Ao mestre de canto. Segundo a melodia “Os lírios”. De Davi

1 Salva-me, ó Deus, porque as águas me sobem até à alma.

2 Estou atolado em profundo lamaçal, que não dá pé; estou nas profundezas das águas, e a corrente me submerge.

3 Estou cansado de clamar, secou-se-me a garganta; os meus olhos desfalecem de tanto esperar por meu Deus.

4 São mais que os cabelos de minha cabeça os que, sem razão, me odeiam; são poderosos os meus destruidores, os que com falsos motivos são meus inimigos; por isso, tenho de restituir o que não furtei.

5 Tu, ó Deus, bem conheces a minha estultice, e as minhas culpas não te são ocultas.

6 Não sejam envergonhados por minha causa os que esperam em ti, ó SENHOR, Deus dos Exércitos; nem por minha causa sofram vexame os que te buscam, ó Deus de Israel.

7 Pois tenho suportado afrontas por amor de ti, e o rosto se me encobre de vexame.

8 Tornei-me estranho a meus irmãos e desconhecido aos filhos de minha mãe.

9 Pois o zelo da tua casa me consumiu, e as injúrias dos que te ultrajam caem sobre mim.

10 Chorei, em jejum está a minha alma, e isso mesmo se me tornou em afrontas.

11 Pus um pano de saco por veste e me tornei objeto de escárnio para eles.

12 Tagarelam sobre mim os que à porta se assentam, e sou motivo para cantigas de beberrões.

13 Quanto a mim, porém, SENHOR, faço a ti, em tempo favorável, a minha oração. Responde-me, ó Deus, pela riqueza da tua graça; pela tua fidelidade em socorrer, 14 livra-me do tremedal, para que não me afunde; seja eu salvo dos que me odeiam e das profundezas das águas.

15 Não me arraste a corrente das águas, nem me trague a voragem, nem se feche sobre mim a boca do poço.

16 Responde-me, SENHOR, pois compassiva é a tua graça; volta-te para mim segundo a riqueza das tuas misericórdias.

17 Não escondas o rosto ao teu servo, pois estou atribulado; responde-me depressa.

18 Aproxima-te de minha alma e redime-a; resgata-me por causa dos meus inimigos.

19 Tu conheces a minha afronta, a minha vergonha e o meu vexame; todos os meus adversários estão à tua vista.

20 O opróbrio partiu-me o coração, e desfaleci; esperei por piedade, mas debalde; por consoladores, e não os achei.

21 Por alimento me deram fel e na minha sede me deram a beber vinagre.

22 Sua mesa torne-se-lhes diante deles em laço, e a prosperidade, em armadilha.

23 Obscureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam; e faze que sempre lhes vacile o dorso.

24 Derrama sobre eles a tua indignação, e que o ardor da tua ira os alcance.

25 Fique deserta a sua morada, e não haja quem habite as suas tendas.

26 Pois perseguem a quem tu feriste e acrescentam dores àquele a quem golpeaste.

27 Soma-lhes iniquidade à iniquidade, e não gozem da tua absolvição.

28 Sejam riscados do Livro dos Vivos e não tenham registro com os justos.

29 Quanto a mim, porém, amargurado e aflito, ponha-me o teu socorro, ó Deus, em alto refúgio.

30 Louvarei com cânticos o nome de Deus, exaltá-lo-ei com ações de graças.

31 Será isso muito mais agradável ao SENHOR do que um boi ou um novilho com chifres e unhas.

32 Vejam isso os aflitos e se alegrem; quanto a vós outros que buscais a Deus, que o vosso coração reviva.

33 Porque o SENHOR responde aos necessitados e não despreza os seus prisioneiros.

34 Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo quanto neles se move.

35 Porque Deus salvará Sião e edificará as cidades de Judá, e ali habitarão e hão de possuí-la.

36 Também a descendência dos seus servos a herdará, e os que lhe amam o nome nela habitarão.


The Bible Project Reading Plan

Parte XIV

Jesus e o Reino de Deus

O Evangelho de Marcos

Capítulo 15

Jesus perante Pilatos

Mt 27.1-2,11-26; Lc 23.1-7,13-25; Jo 18.28—19.16

1 Logo pela manhã, entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. 2 Pilatos o interrogou: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Tu o dizes. 3 Então, os principais sacerdotes o acusavam de muitas coisas. 4 Tornou Pilatos a interrogá-lo: Nada respondes? Vê quantas acusações te fazem! 5 Jesus, porém, não respondeu palavra, a ponto de Pilatos muito se admirar.

6 Ora, por ocasião da festa, era costume soltar ao povo um dos presos, qualquer que eles pedissem. 7 Havia um, chamado Barrabás, preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio. 8 Vindo a multidão, começou a pedir que lhes fizesse como de costume. 9 E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus? 10 Pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam entregado. 11 Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás. 12 Mas Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus? 13 Eles, porém, clamavam: Crucifica-o! 14 Mas Pilatos lhes disse: Que mal fez ele? E eles gritavam cada vez mais: Crucifica-o! 15 Então, Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás; e, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Jesus entregue aos soldados

Mt 27.27-31

16 Então, os soldados o levaram para dentro do palácio, que é o pretório, e reuniram todo o destacamento. 17 Vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. 18 E o saudavam, dizendo: Salve, rei dos judeus! 19 Davam-lhe na cabeça com um caniço, cuspiam nele e, pondo-se de joelhos, o adoravam. 20 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe a púrpura e o vestiram com as suas próprias vestes. Então, conduziram Jesus para fora, com o fim de o crucificarem.

Simão leva a cruz de Jesus

Mt 27.32; Lc 23.26

21 E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz.

Simão carrega a cruz

A crucificação

Mt 27.33-44; Lc 23.33-43; Jo 19.17-24

22 E levaram Jesus para o Gólgota, que quer dizer Lugar da Caveira. 23 Deram-lhe a beber vinho com mirra; ele, porém, não tomou. 24 Então, o crucificaram e repartiram entre si as vestes dele, lançando-lhes sorte, para ver o que levaria cada um. 25 Era a hora terceira quando o crucificaram. 26 E, por cima, estava, em epígrafe, a sua acusação: O Rei dos Judeus. 27 Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda. 28 [E cumpriu-se a Escritura que diz:

Com malfeitores foi contado.]

29 Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que destróis o santuário e, em três dias, o reedificas! 30 Salva-te a ti mesmo, descendo da cruz! 31 De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se; 32 desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos.

Também os que com ele foram crucificados o insultavam.

A morte de Jesus

Mt 27.45-56; Lc 23.44-49; Jo 19.28-30

33 Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona. 34 À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? 35 Alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Vede, chama por Elias! 36 E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta de um caniço, deu-lhe de beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo! 37 Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. 38 E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. 39 O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.

40 Estavam também ali algumas mulheres, observando de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé; 41 as quais, quando Jesus estava na Galileia, o acompanhavam e serviam; e, além destas, muitas outras que haviam subido com ele para Jerusalém.

O sepultamento de Jesus

Mt 27.57-61; Lc 23.50-56; Jo 19.38-42

42 Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, 43 vindo José de Arimateia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 44 Mas Pilatos admirou-se de que ele já tivesse morrido. E, tendo chamado o centurião, perguntou-lhe se havia muito que morrera. 45 Após certificar-se, pela informação do comandante, cedeu o corpo a José. 46 Este, baixando o corpo da cruz, envolveu-o em um lençol que comprara e o depositou em um túmulo que tinha sido aberto numa rocha; e rolou uma pedra para a entrada do túmulo. 47 Ora, Maria Madalena e Maria, mãe de José, observaram onde ele foi posto.

O corpo de Jesus é retirado da cruz

Capítulo 16

A ressurreição de Jesus

Mt 28.1-10; Lc 24.1-12; Jo 20.1-10

1 Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. 2 E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. 3 Diziam umas às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo? 4 E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande. 5 Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco, e ficaram surpreendidas e atemorizadas. 6 Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto. 7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galileia; lá o vereis, como ele vos disse. 8 E, saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e de assombro; e, de medo, nada disseram a ninguém.

Jesus aparece a Maria Madalena

Jo 20.11-18

9 Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios. 10 E, partindo ela, foi anunciá-lo àqueles que, tendo sido companheiros de Jesus, se achavam tristes e choravam.

11 Estes, ouvindo que ele vivia e que fora visto por ela, não acreditaram.

Jesus aparece a dois de seus discípulos

Lc 24.13-35

12 Depois disto, manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam de caminho para o campo. 13 E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito.

A ordem para a evangelização

14 Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado. 15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. 16 Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. 17 Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; 18 pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.

A ascensão de Jesus

Lc 24.50-53; At 1.6-11

19 De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus. 20 E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.