23 de julho, dia 204: Neemias, cap. 1 a 3
Muitos proclamam a sua própria benignidade; mas o homem fidedigno, quem o achará? (Provérbios 20.6)
O justo anda na sua integridade; felizes lhe são os filhos depois dele. (Provérbios 20.7)
Ao mestre de canto, segundo a melodia “A morte para o filho”. Salmo de Davi
1 Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.
2 Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.
3 Pois, ao retrocederem os meus inimigos, tropeçam e somem-se da tua presença; 4 porque sustentas o meu direito e a minha causa; no trono te assentas e julgas retamente.
5 Repreendes as nações, destróis o ímpio e para todo o sempre lhes apagas o nome.
6 Quanto aos inimigos, estão consumados, suas ruínas são perpétuas, arrasaste as suas cidades; até a sua memória pereceu.
7 Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar.
8 Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.
9 O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação.
10 Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam.
11 Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos.
12 Pois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se esquece do clamor dos aflitos.
13 Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte; 14 para que, às portas da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação.
15 Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes o pé.
16 Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa; enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos.
17 Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.
18 Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente.
19 Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença.
20 Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais.
Parte XI
O Retorno do Exílio
O Livro de Neemias pode ser dividido em três partes:
1. A história da reconstrução das muralhas de Jerusalém, dirigida por Neemias, que foi mandado pelo rei da Pérsia para governar Judá. Neemias realizou também várias reformas sociais e religiosas.
2. A leitura, dirigida por Esdras, da Lei de Deus e a confissão de pecados pelo povo.
3. Outras atividades de Neemias como governador de Judá. Neemias sempre dependeu de Deus e foi um homem de oração.
1. Neemias volta para Jerusalém (1.1—2.20)
2. A reconstrução das muralhas de Jerusalém (3.1—7.73)
3. A leitura da Lei e a renovação da aliança (8.1— 10.39)
4. Outras atividades de Neemias (11.1—13.31)
1 As palavras de Neemias, filho de Hacalias. No mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu na cidadela de Susã, 2 veio Hanani, um de meus irmãos, com alguns de Judá; então, lhes perguntei pelos judeus que escaparam e que não foram levados para o exílio e acerca de Jerusalém. 3 Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas.
4 Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. 5 E disse: ah! SENHOR, Deus dos céus, Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos! 6 Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para acudires à oração do teu servo, que hoje faço à tua presença, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, os quais temos cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos pecado. 7 Temos procedido de todo corruptamente contra ti, não temos guardado os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo. 8 Lembra-te da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Se transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos; 9 mas, se vos converterdes a mim, e guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes, então, ainda que os vossos rejeitados estejam pelas extremidades do céu, de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome. 10 Estes ainda são teus servos e o teu povo que resgataste com teu grande poder e com tua mão poderosa. 11 Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo e à dos teus servos que se agradam de temer o teu nome; concede que seja bem-sucedido hoje o teu servo e dá-lhe mercê perante este homem. Nesse tempo eu era copeiro do rei.
1 No mês de nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, uma vez posto o vinho diante dele, eu o tomei para oferecer e lho dei; ora, eu nunca antes estivera triste diante dele. 2 O rei me disse: Por que está triste o teu rosto, se não estás doente? Tem de ser tristeza do coração. Então, temi sobremaneira 3 e lhe respondi: viva o rei para sempre! Como não me estaria triste o rosto se a cidade, onde estão os sepulcros de meus pais, está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo? 4 Disse-me o rei: Que me pedes agora? Então, orei ao Deus dos céus 5 e disse ao rei: se é do agrado do rei, e se o teu servo acha mercê em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique. 6 Então, o rei, estando a rainha assentada junto dele, me disse: Quanto durará a tua ausência? Quando voltarás? Aprouve ao rei enviar-me, e marquei certo prazo. 7 E ainda disse ao rei: Se ao rei parece bem, deem-se-me cartas para os governadores dalém do Eufrates, para que me permitam passar e entrar em Judá, 8 como também carta para Asafe, guarda das matas do rei, para que me dê madeira para as vigas das portas da cidadela do templo, para os muros da cidade e para a casa em que deverei alojar-me. E o rei mas deu, porque a boa mão do meu Deus era comigo.
9 Então, fui aos governadores dalém do Eufrates e lhes entreguei as cartas do rei; ora, o rei tinha enviado comigo oficiais do exército e cavaleiros. 10 Disto ficaram sabendo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita; e muito lhes desagradou que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel.
11 Cheguei a Jerusalém, onde estive três dias. 12 Então, à noite me levantei, e uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém. Não havia comigo animal algum, senão o que eu montava. 13 De noite, saí pela Porta do Vale, para o lado da Fonte do Dragão e para a Porta do Monturo e contemplei os muros de Jerusalém, que estavam assolados, cujas portas tinham sido consumidas pelo fogo. 14 Passei à Porta da Fonte e ao açude do rei; mas não havia lugar por onde passasse o animal que eu montava. 15 Subi à noite pelo ribeiro e contemplei ainda os muros; voltei, entrei pela Porta do Vale e tornei para casa. 16 Não sabiam os magistrados aonde eu fora nem o que fazia, pois até aqui não havia eu declarado coisa alguma, nem aos judeus, nem aos sacerdotes, nem aos nobres, nem aos magistrados, nem aos mais que faziam a obra.
17 Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser opróbrio. 18 E lhes declarei como a boa mão do meu Deus estivera comigo e também as palavras que o rei me falara. Então, disseram: Disponhamo-nos e edifiquemos. E fortaleceram as mãos para a boa obra. 19 Porém Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio, quando o souberam, zombaram de nós, e nos desprezaram, e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei? 20 Então, lhes respondi: o Deus dos céus é quem nos dará bom êxito; nós, seus servos, nos disporemos e reedificaremos; vós, todavia, não tendes parte, nem direito, nem memorial em Jerusalém.
Neemias e as ruinas dos muros de Jerusalém
1 Então, se dispôs Eliasibe, o sumo sacerdote, com os sacerdotes, seus irmãos, e reedificaram a Porta das Ovelhas; consagraram-na, assentaram-lhe as portas e continuaram a reconstrução até à Torre dos Cem e à Torre de Hananel. 2 Junto a ele edificaram os homens de Jericó; também, ao seu lado, edificou Zacur, filho de Inri.
3 Os filhos de Hassenaá edificaram a Porta do Peixe; colocaram-lhe as vigas e lhe assentaram as portas com seus ferrolhos e trancas. 4 Ao seu lado, reparou Meremote, filho de Urias, filho de Coz; junto deste reparou Mesulão, filho de Berequias, filho de Mesezabel, a cujo lado reparou Zadoque, filho de Baaná. 5 Ao lado destes, repararam os tecoítas; os seus nobres, porém, não se sujeitaram ao serviço do seu senhor.
6 Joiada, filho de Paseia, e Mesulão, filho de Besodias, repararam a Porta Velha; colocaram-lhe as vigas e lhe assentaram as portas com seus ferrolhos e trancas. 7 Junto deles, trabalharam Melatias, gibeonita, e Jadom, meronotita, homens de Gibeão e de Mispa, que pertenciam ao domínio do governador de além do Eufrates. 8 Ao seu lado, reparou Uziel, filho de Haraías, um dos ourives; junto dele, Hananias, um dos perfumistas; e restauraram Jerusalém até ao Muro Largo. 9 Junto a estes, trabalhou Refaías, filho de Hur, maioral da metade de Jerusalém. 10 Ao seu lado, reparou Jedaías, filho de Harumafe, defronte da sua casa; e, ao seu lado, reparou Hatus, filho de Hasabneias. 11 A outra parte reparou Malquias, filho de Harim, e Hassube, filho de Paate-Moabe, como também a Torre dos Fornos. 12 Ao lado dele, reparou Salum, filho de Haloés, maioral da outra meia parte de Jerusalém, ele e suas filhas.
13 A Porta do Vale, reparou-a Hanum e os moradores de Zanoa; edificaram-na e lhe assentaram as portas com seus ferrolhos e trancas e ainda mil côvados da muralha, até à Porta do Monturo.
14 A Porta do Monturo, reparou-a Malquias, filho de Recabe, maioral do distrito de Bete-Haquerém; ele a edificou e lhe assentou as portas com seus ferrolhos e trancas.
15 A Porta da Fonte, reparou-a Salum, filho de Col-Hozé, maioral do distrito de Mispa; ele a edificou, e a cobriu, e lhe assentou as portas com seus ferrolhos e trancas, e ainda o muro do açude de Selá, junto ao jardim do rei, até aos degraus que descem da Cidade de Davi. 16 Depois dele, reparou Neemias, filho de Azbuque, maioral da metade do distrito de Bete-Zur, até defronte dos sepulcros de Davi, até ao açude artificial e até à casa dos heróis. 17 Depois dele, repararam os levitas, Reum, filho de Bani, e, ao seu lado, Hasabias, maioral da metade do distrito de Queila. 18 Depois dele, repararam seus irmãos: Bavai, filho de Henadade, maioral da metade do distrito de Queila; 19 ao seu lado, reparou Ezer, filho de Jesua, maioral de Mispa, outra parte defronte da subida para a casa das armas, no ângulo do muro. 20 Depois dele, reparou com grande ardor Baruque, filho de Zabai, outra porção, desde o ângulo do muro até à porta da casa de Eliasibe, o sumo sacerdote. 21 Depois dele, reparou Meremote, filho de Urias, filho de Coz, outra porção, desde a porta da casa de Eliasibe até à extremidade da casa de Eliasibe. 22 Depois dele, repararam os sacerdotes que habitavam na campina. 23 Depois, repararam Benjamim e Hassube, defronte da sua casa; depois deles, reparou Azarias, filho de Maaseias, filho de Ananias, junto à sua casa. 24 Depois dele, reparou Binui, filho de Henadade, outra porção, desde a casa de Azarias até ao ângulo e até à esquina. 25 Palal, filho de Uzai, reparou defronte do ângulo e da torre que sai da casa real superior, que está junto ao pátio do cárcere; depois dele, reparou Pedaías, filho de Parós, 26 e os servos do templo que habitavam em Ofel, até defronte da Porta das Águas, para o oriente, e até à torre alta. 27 Depois, repararam os tecoítas outra porção, defronte da torre grande e alta, e até ao Muro de Ofel.
28 Para cima da Porta dos Cavalos, repararam os sacerdotes, cada um defronte da sua casa. 29 Depois deles, reparou Zadoque, filho de Imer, defronte de sua casa; e, depois dele, Semaías, filho de Secanias, guarda da Porta Oriental. 30 Depois dele, reparou Hananias, filho de Selemias, e Hanum, o sexto filho de Zalafe, outra porção; depois deles, reparou Mesulão, filho de Berequias, defronte da sua morada. 31 Depois dele, reparou Malquias, filho de um ourives, até à casa dos servos do templo e dos mercadores, defronte da Porta da Guarda, até ao eirado da esquina. 32 Entre o eirado da esquina e a Porta das Ovelhas, repararam os ourives e os mercadores.
O Povo do Reino de Deus
Na sua terceira viagem missionária, o apóstolo Paulo passou quase três anos na cidade de Éfeso (At 19.1—20.1). Essa cidade se tornou um importante centro do trabalho cristão na província romana da Ásia, que ficava numa região que hoje faz parte da Turquia. A Epístola aos Efésios foi escrita quando Paulo estava preso (4.1). O assunto principal desta epístola é o plano de Deus de "fazer convergir nele [Cristo], na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra" (1.10). A epístola não trata de nenhum problema particular dos leitores, mas fala de um modo geral a respeito da Igreja e da vida cristã. E, ao contrário do que acontece nas outras epístolas, no fim desta não aparece nenhuma saudação pessoal. Pois é bem possível que ela tenha sido escrita não somente para os cristãos de Éfeso, mas também para os de outros lugares. A falta da frase "da cidade de Éfeso" (1.1) em alguns dos melhores manuscritos gregos também indica essa possibilidade.
Na primeira parte da epístola (caps. 1—3), o apóstolo fala de como os cristãos são um só povo por causa da morte de Cristo na cruz e também de como o Espírito Santo lhes dá o poder de viverem sempre unidos uns com os outros. Na segunda parte (caps. 4—6), ele fala da nova vida que os seguidores de Cristo têm por estarem unidos com ele. E fala também de como essa vida se manifesta no relacionamento que eles têm uns com os outros. A fim de tornar mais claro o que quer dizer a união do povo de Deus, o apóstolo usa três figuras para a Igreja: a de um corpo, do qual Cristo é a cabeça (1.22-23); a de um edifício, do qual Cristo é a pedra fundamental (2.20-21); e a de um casal, no qual a Igreja é a esposa, e Cristo é o marido (5.25-32).
Prefácio e saudação (1.1-2)
1. A boa notícia do evangelho
a. Bênçãos espirituais para os que estão unidos com Cristo (1.3-23)
b. Da morte para a vida (2.1-10)
c. Unidos por meio de Cristo (2.11-22)
d. Paulo, apóstolo entre os gentios (3.1-21)
2. A vida cristã
a. A união das partes do corpo de Cristo (4.1-16)
b. A nova vida dos que estão unidos com Cristo (4.17—5.21)
c. Relacionamentos na família (5.22—6.9)
d. A armadura do cristão (6.10-20)
Conclusão e bênção (6.21-24)
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus, 2 graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, 7 no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, 8 que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, 9 desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, 10 de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; 11 nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, 12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; 13 em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14 o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
15 Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos, 16 não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, 17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, 18 iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos 19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, 21 acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. 22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, 23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.
1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; 7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie. 10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
11 Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, 12 naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. 13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. 14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, 15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, 16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. 17 E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; 18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. 19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, 20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; 21 no qual todo o edifício, bem-ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, 22 no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.
1 Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios, 2 se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a mim confiada para vós outros; 3 pois, segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; 4 pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo, 5 o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito, 6 a saber, que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho; 7 do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de Deus a mim concedida segundo a força operante do seu poder. 8 A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo 9 e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas, 10 para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, 11 segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor, 12 pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele. 13 Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, pois nisso está a vossa glória.
14 Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, 15 de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, 16 para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; 17 e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, 18 a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade 19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.
20 Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, 21 a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!