2 de julho, dia 183: Jeremias, cap. 51 e 52
As riquezas multiplicam os amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa. (Provérbios 19.4)
1 Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder.
2 Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza.
3 Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa.
4 Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas.
5 Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes.
6 Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!
Parte X
Os Profetas do Exílio
1 Assim diz o SENHOR: Eis que levantarei um vento destruidor contra a Babilônia e contra os que habitam em Lebe-Camai. 2 Enviarei padejadores contra a Babilônia, que a padejarão e despojarão a sua terra; porque virão contra ela em redor no dia da calamidade. 3 O flecheiro arme o seu arco contra o que o faz com o seu e contra o que presume da sua couraça; não poupeis os seus jovens, destruí de todo o seu exército. 4 Caiam mortos na terra dos caldeus e atravessados pelas ruas! 5 Porque Israel e Judá não enviuvaram do seu Deus, do SENHOR dos Exércitos; mas a terra dos caldeus está cheia de culpas perante o Santo de Israel. 6 Fugi do meio da Babilônia, e cada um salve a sua vida; não pereçais na sua maldade; porque é tempo da vingança do SENHOR: ele lhe dará a sua paga.
7 A Babilônia era um copo de ouro na mão do SENHOR, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso, enlouqueceram. 8 Repentinamente, caiu Babilônia e ficou arruinada; lamentai por ela, tomai bálsamo para a sua ferida; porventura, sarará. 9 Queríamos curar Babilônia, ela, porém, não sarou; deixai-a, e cada um vá para a sua terra; porque o seu juízo chega até ao céu e se eleva até às mais altas nuvens. 10 O SENHOR trouxe a nossa justiça à luz; vinde, e anunciemos em Sião a obra do SENHOR, nosso Deus.
11 Aguçai as flechas! Preparai os escudos! O SENHOR despertou o espírito dos reis dos medos; porque o seu intento contra a Babilônia é para a destruir; pois esta é a vingança do SENHOR, a vingança do seu templo. 12 Arvorai estandarte contra os muros de Babilônia, reforçai a guarda, colocai sentinelas, preparai emboscadas; porque o SENHOR intentou e fez o que tinha dito acerca dos moradores da Babilônia. 13 Ó tu que habitas sobre muitas águas, rica de tesouros! Chegou o teu fim, a medida da tua avareza. 14 Jurou o SENHOR dos Exércitos por si mesmo, dizendo: Encher-te-ei certamente de homens, como de gafanhotos, e eles cantarão sobre ti o eia! dos que pisam as uvas.
15 Ele fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus. 16 Fazendo ele ribombar o trovão, logo há tumulto de águas no céu, e sobem os vapores das extremidades da terra; ele cria os relâmpagos para a chuva e dos seus depósitos faz sair o vento. 17 Todo homem se tornou estúpido e não tem saber; todo ourives é envergonhado pela imagem que esculpiu; pois as suas imagens são mentira, e nelas não há fôlego. 18 Vaidade são, obra ridícula; no tempo do seu castigo, virão a perecer. 19 Não é semelhante a estas aquele que é a Porção de Jacó; porque ele é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; SENHOR dos Exércitos é o seu nome.
20 Tu, Babilônia, eras meu martelo e minhas armas de guerra; por meio de ti, despedacei nações e destruí reis; 21 por meio de ti, despedacei o cavalo e o seu cavaleiro; despedacei o carro e o seu cocheiro; 22 por meio de ti, despedacei o homem e a mulher, despedacei o velho e o moço, despedacei o jovem e a virgem; 23 por meio de ti, despedacei o pastor e o seu rebanho, despedacei o lavrador e a sua junta de bois, despedacei governadores e vice-reis. 24 Pagarei, ante os vossos próprios olhos, à Babilônia e a todos os moradores da Caldeia toda a maldade que fizeram em Sião, diz o SENHOR. 25 Eis que sou contra ti, ó monte que destróis, diz o SENHOR, que destróis toda a terra; estenderei a mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte em chamas. 26 De ti não se tirarão pedras, nem para o ângulo nem para fundamentos, porque te tornarás em desolação perpétua, diz o SENHOR.
27 Arvorai estandarte na terra, tocai trombeta entre as nações, consagrai as nações contra ela, convocai contra ela os reinos de Ararate, Mini e Asquenaz; ordenai contra ela chefes, fazei subir cavalos como gafanhotos eriçados. 28 Consagrai contra ela as nações, os reis dos medos, os seus governadores, todos os seus vice-reis e toda a terra do seu domínio. 29 Estremece a terra e se contorce em dores, porque cada um dos desígnios do SENHOR está firme contra Babilônia, para fazer da terra da Babilônia uma desolação, sem que haja quem nela habite. 30 Os valentes da Babilônia cessaram de pelejar, permanecem nas fortalezas, desfaleceu-lhes a força, tornaram-se como mulheres; estão em chamas as suas moradas, quebrados, os seus ferrolhos. 31 Sai um correio ao encontro de outro correio, um mensageiro ao encontro de outro mensageiro, para anunciar ao rei da Babilônia que a sua cidade foi tomada de todos os lados; 32 que os vaus estão ocupados, e as defesas, queimadas, e os homens de guerra, amedrontados.
33 Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: A filha da Babilônia é como a eira quando é aplanada e pisada; ainda um pouco, e o tempo da ceifa lhe virá. 34 Nabucodonosor, rei da Babilônia, nos devorou, esmagou-nos e fez de nós um objeto inútil; como monstro marinho, nos tragou, encheu a sua barriga das nossas comidas finas e nos arrojou fora. 35 A violência que se me fez a mim e à minha carne caia sobre a Babilônia, diga a moradora de Sião; o meu sangue caia sobre os moradores da Caldeia, diga Jerusalém. 36 Pelo que assim diz o SENHOR: Eis que pleitearei a tua causa e te vingarei da vingança que se tomou contra ti; secarei o seu mar e farei que se esgote o seu manancial. 37 Babilônia se tornará em montões de ruínas, morada de chacais, objeto de espanto e assobio, e não haverá quem nela habite. 38 Ainda que juntos rujam como leões e rosnem como cachorros de leões, 39 estando eles esganados, preparar-lhes-ei um banquete, embriagá-los-ei para que se regozijem e durmam sono eterno e não acordem, diz o SENHOR. 40 Fá-los-ei descer como cordeiros ao matadouro, como carneiros e bodes.
41 Como foi tomada Babilônia, e apanhada de surpresa, a glória de toda a terra! Como se tornou Babilônia objeto de espanto entre as nações! 42 O mar é vindo sobre Babilônia, coberta está com o tumulto das suas ondas. 43 Tornaram-se as suas cidades em desolação, terra seca e deserta, terra em que ninguém habita, nem passa por ela homem algum. 44 Castigarei a Bel na Babilônia e farei que lance de sua boca o que havia tragado, e nunca mais concorrerão a ele as nações; também o muro de Babilônia caiu.
45 Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a sua vida do brasume da ira do SENHOR. 46 Não desfaleça o vosso coração, não temais o rumor que se há de ouvir na terra; pois virá num ano um rumor, noutro ano, outro rumor; haverá violência na terra, dominador contra dominador. 47 Portanto, eis que vêm dias, em que castigarei as imagens de escultura da Babilônia, toda a sua terra será envergonhada, e todos os seus cairão traspassados no meio dela. 48 Os céus, e a terra, e tudo quanto neles há jubilarão sobre Babilônia; porque do Norte lhe virão os destruidores, diz o SENHOR. 49 Como Babilônia fez cair traspassados os de Israel, assim, em Babilônia, cairão traspassados os de toda a terra.
50 Vós que escapastes da espada, ide-vos, não pareis; de longe lembrai-vos do SENHOR, e suba Jerusalém à vossa mente. 51 Direis: Envergonhados estamos, porque ouvimos opróbrio; vergonha cobriu-nos o rosto, porque vieram estrangeiros e entraram nos santuários da Casa do SENHOR. 52 Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que castigarei as suas imagens de escultura; e gemerão os traspassados em toda a sua terra. 53 Ainda que a Babilônia subisse aos céus e ainda que fortificasse no alto a sua fortaleza, de mim viriam destruidores contra ela, diz o SENHOR.
54 De Babilônia se ouvem gritos, e da terra dos caldeus, o ruído de grande destruição; 55 porque o SENHOR destrói Babilônia e faz perecer nela a sua grande voz; bramarão as ondas do inimigo como muitas águas, ouvir-se-á o tumulto da sua voz, 56 porque o destruidor vem contra ela, contra Babilônia; os seus valentes estão presos, já estão quebrados os seus arcos; porque o SENHOR, Deus que dá a paga, certamente, lhe retribuirá. 57 Embriagarei os seus príncipes, os seus sábios, os seus governadores, os seus vice-reis e os seus valentes; dormirão sono eterno e não acordarão, diz o Rei, cujo nome é SENHOR dos Exércitos. 58 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Os largos muros de Babilônia totalmente serão derribados, e as suas altas portas serão abrasadas pelo fogo; assim, trabalharam os povos em vão, e para o fogo se afadigaram as nações.
59 Palavra que mandou Jeremias, o profeta, a Seraías, filho de Nerias, filho de Maaseias, indo este com Zedequias, rei de Judá, à Babilônia, no ano quarto do seu reinado. Seraías era o camareiro-mor. 60 Escreveu, pois, Jeremias num livro todo o mal que havia de vir sobre a Babilônia, a saber, todas as palavras já escritas contra a Babilônia. 61 Disse Jeremias a Seraías: Quando chegares a Babilônia, vê que leias em voz alta todas estas palavras. 62 E dirás: Ó SENHOR! Falaste a respeito deste lugar que o exterminarias, a fim de que nada fique nele, nem homem nem animal, e que se tornaria em perpétuas assolações. 63 Quando acabares de ler o livro, atá-lo-ás a uma pedra e o lançarás no meio do Eufrates; 64 e dirás: Assim será afundada a Babilônia e não se levantará, por causa do mal que eu hei de trazer sobre ela; e os seus moradores sucumbirão. Até aqui as palavras de Jeremias.
2Rs 24.18—25.22; 2Cr 36.10-21; Jr 39.1-10
1 Tinha Zedequias a idade de vinte e um anos, quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, de Libna. 2 Fez ele o que era mau perante o SENHOR, conforme tudo quanto fizera Jeoaquim. 3 Assim sucedeu por causa da ira do SENHOR contra Jerusalém e contra Judá, a ponto de os rejeitar de sua presença; Zedequias rebelou-se contra o rei da Babilônia. 4 Sucedeu que, em o nono ano do reinado de Zedequias, aos dez dias do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela, e levantaram contra ela tranqueiras em redor. 5 A cidade ficou sitiada até ao undécimo ano do rei Zedequias. 6 Aos nove dias do quarto mês, quando a cidade se via apertada da fome, e não havia pão para o povo da terra, 7 então, a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram e saíram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros perto do jardim do rei, a despeito de os caldeus se acharem contra a cidade em redor; e se foram pelo caminho da campina. 8 Porém o exército dos caldeus perseguiu o rei Zedequias e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o exército deste se dispersou e o abandonou. 9 Então, o tomaram preso e o fizeram subir ao rei da Babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e este lhe pronunciou a sentença. 10 Matou o rei da Babilônia os filhos de Zedequias à sua própria vista, bem assim todos os príncipes de Judá, em Ribla. 11 Vazou os olhos de Zedequias, atou-o com duas cadeias de bronze, levou-o à Babilônia e o conservou no cárcere até ao dia da sua morte.
12 No décimo dia do quinto mês, do ano décimo nono de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, o chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a Jerusalém. 13 E queimou a Casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; também entregou às chamas todos os edifícios importantes. 14 Todo o exército dos caldeus que estava com o chefe da guarda derribou todos os muros em redor de Jerusalém. 15 Dos mais pobres do povo, o mais do povo que havia ficado na cidade, os desertores que se entregaram ao rei da Babilônia e o mais da multidão Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativos. 16 Porém dos mais pobres da terra deixou Nebuzaradã, o chefe da guarda, ficar alguns para vinheiros e para lavradores.
17 Os caldeus cortaram em pedaços as colunas de bronze que estavam na Casa do SENHOR, como também os suportes e o mar de bronze que estavam na Casa do SENHOR; e levaram todo o bronze para a Babilônia. 18 Levaram também as panelas, as pás, as espevitadeiras, as bacias, os recipientes de incenso e todos os utensílios de bronze, com que se ministrava. 19 Tomou também o chefe da guarda os copos, os braseiros, as bacias, as panelas, os candeeiros, os recipientes de incenso e as taças, tudo quanto fosse de ouro ou de prata. 20 Quanto às duas colunas, ao mar e aos suportes que Salomão fizera para a Casa do SENHOR, o peso do bronze de todos estes utensílios era incalculável. 21 Quanto às colunas, a altura de uma era de dezoito côvados, um cordão de doze côvados a cercava, e a grossura era de quatro dedos; era oca. 22 Sobre ela havia um capitel de bronze; a altura de cada um era de cinco côvados; a obra de rede e as romãs sobre o capitel ao redor eram de bronze. 23 Semelhante a esta era a outra coluna com as romãs. Havia noventa e seis romãs aos lados; as romãs todas sobre a obra de rede ao redor eram cem. 24 Levou também o chefe da guarda a Seraías, sumo sacerdote, e a Sofonias, segundo sacerdote, e aos três guardas da porta. 25 Da cidade tomou a um oficial, que era comandante das tropas de guerra, e a sete homens dos que eram conselheiros pessoais do rei e se achavam na cidade, como também ao escrivão-mor do exército, que alistava o povo da terra, e a sessenta homens do povo do lugar, que se achavam na cidade. 26 Tomando-os Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou-os ao rei da Babilônia, a Ribla. 27 O rei da Babilônia os feriu e os matou em Ribla, na terra de Hamate. 28 Assim, Judá foi levado cativo para fora de sua terra. Este é o povo que Nabucodonosor levou para o exílio: no sétimo ano, três mil e vinte e três judeus; 29 no ano décimo oitavo de Nabucodonosor, levou ele cativas de Jerusalém oitocentas e trinta e duas pessoas; 30 no ano vigésimo terceiro de Nabucodonosor, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativas, dentre os judeus, setecentas e quarenta e cinco pessoas; todas as pessoas são quatro mil e seiscentas.
2Rs 25.27-30
31 No trigésimo sétimo ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e cinco do duodécimo mês, Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano em que começou a reinar, libertou a Joaquim, rei de Judá, e o fez sair do cárcere. 32 Falou com ele benignamente e lhe deu lugar de mais honra do que o dos reis que estavam consigo em Babilônia. 33 Mudou-lhe as vestes do cárcere, e Joaquim passou a comer pão na sua presença, todos os dias da sua vida. 34 E da parte do rei da Babilônia lhe foi dada subsistência vitalícia, uma pensão diária, até ao dia da sua morte, durante os dias da sua vida.
O Povo do Reino de Deus
1 Pergunto, pois: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo? De modo nenhum! Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. 2 Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura refere a respeito de Elias, como insta perante Deus contra Israel, dizendo:
3 Senhor, mataram os teus profetas, arrasaram os teus altares, e só eu fiquei, e procuram tirar-me a vida.
4 Que lhe disse, porém, a resposta divina?
Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal.
5 Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. 6 E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. 7 Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos, 8 como está escrito:
Deus lhes deu espírito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir, até ao dia de hoje.
9 E diz Davi:
Torne-se-lhes a mesa em laço e armadilha, em tropeço e punição;
10 escureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam, e fiquem para sempre encurvadas as suas costas.
11 Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes. 12 Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!
13 Dirijo-me a vós outros, que sois gentios! Visto, pois, que eu sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério, 14 para ver se, de algum modo, posso incitar à emulação os do meu povo e salvar alguns deles. 15 Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos? 16 E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for santa a raiz, também os ramos o serão. 17 Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, 18 não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti. 19 Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. 20 Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém, mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme. 21 Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará. 22 Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado. 23 Eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; pois Deus é poderoso para os enxertar de novo. 24 Pois, se foste cortado da que, por natureza, era oliveira brava e, contra a natureza, enxertado em boa oliveira, quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles que são ramos naturais!
25 Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. 26 E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito:
Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades.
27 Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados.
28 Quanto ao evangelho, são eles inimigos por vossa causa; quanto, porém, à eleição, amados por causa dos patriarcas; 29 porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis. 30 Porque assim como vós também, outrora, fostes desobedientes a Deus, mas, agora, alcançastes misericórdia, à vista da desobediência deles, 31 assim também estes, agora, foram desobedientes, para que, igualmente, eles alcancem misericórdia, à vista da que vos foi concedida. 32 Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.
33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! 34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? 36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!
1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. 4 Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, 5 assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, 6 tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; 7 se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; 8 ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.
9 O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. 10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11 No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; 12 regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; 13 compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; 14 abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. 15 Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. 16 Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. 17 Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; 18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; 19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito:
A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. 21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.