27 de maio, dia 147: O Livro de Naum
O escravo prudente dominará sobre o filho que causa vergonha e, entre os irmãos, terá parte na herança. (Provérbios 17.2)
Versículos de 129 a 136 (ARA)
פ
PE
Admiráveis são os teus testemunhos; por isso, a minha alma os observa.
A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.
Abro a boca e aspiro, porque anelo os teus mandamentos.
Volta-te para mim e tem piedade de mim, segundo costumas fazer aos que amam o teu nome.
Firma os meus passos na tua palavra, e não me domine iniquidade alguma.
Livra-me da opressão do homem, e guardarei os teus preceitos.
Faze resplandecer o rosto sobre o teu servo e ensina-me os teus decretos.
Torrentes de água nascem dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.
Parte VIII
Os Profetas de Antes do Exílio
O profeta Naum viveu na mesma época em que viveram os profetas Habacuque e Sofonias. O Livro de Naum é uma poesia sobre a queda de Nínive, a capital da Assíria. Durante cento e cinquenta anos, a Assíria havia dominado os países do Oriente Médio, mas no ano 612 a.C. os babilônios conquistaram Nínive. O profeta Naum vê a queda de Nínive como o castigo que Deus manda sobre um povo perseguidor e cruel. A linguagem do profeta é brilhante, e por meio de várias figuras ele descreve a queda da grande e poderosa capital da Assíria.
1. O julgamento de Deus contra Nínive (1.1-15)
2. A queda de Nínive
a. Cerco e tomada (2.1-13)
b. Ruína completa (3.1-19)
1 Sentença contra Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita.
2 O SENHOR é Deus zeloso e vingador, o SENHOR é vingador e cheio de ira; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos. 3 O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. 4 Ele repreende o mar, e o faz secar, e míngua todos os rios; desfalecem Basã e o Carmelo, e a flor do Líbano se murcha. 5 Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta diante dele, sim, o mundo e todos os que nele habitam. 6 Quem pode suportar a sua indignação? E quem subsistirá diante do furor da sua ira? A sua cólera se derrama como fogo, e as rochas são por ele demolidas. 7 O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam. 8 Mas, com inundação transbordante, acabará de uma vez com o lugar desta cidade; com trevas, perseguirá o SENHOR os seus inimigos. 9 Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia. 10 Porque, ainda que eles se entrelaçam como os espinhos e se saturam de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca.
11 De ti, Nínive, saiu um que maquina o mal contra o SENHOR, um conselheiro vil. 12 Assim diz o SENHOR: Por mais seguros que estejam e por mais numerosos que sejam, ainda assim serão exterminados e passarão; eu te afligi, mas não te afligirei mais.
13 Mas de sobre ti, Judá, quebrarei o jugo deles e romperei os teus laços. 14 Porém contra ti, Assíria, o SENHOR deu ordem que não haja posteridade que leve o teu nome; da casa dos teus deuses exterminarei as imagens de escultura e de fundição; farei o teu sepulcro, porque és vil.
15 Eis sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque o homem vil já não passará por ti; ele é inteiramente exterminado.
1 O destruidor sobe contra ti, ó Nínive! Guarda a fortaleza, vigia o caminho, fortalece os lombos, reúne todas as tuas forças! 2 (Porque o SENHOR restaura a glória de Jacó, como a glória de Israel; porque saqueadores os saquearam e destruíram os seus sarmentos.) 3 Os escudos dos seus heróis são vermelhos, os homens valentes vestem escarlata, cintila o aço dos carros no dia do seu aparelhamento, e vibram as lanças. 4 Os carros passam furiosamente pelas ruas e se cruzam velozes pelas praças; parecem tochas, correm como relâmpago.
5 Os nobres são chamados, mas tropeçam em seu caminho; apressam-se para chegar ao muro e já encontram o testudo inimigo armado. 6 As comportas dos rios se abrem, e o palácio é destruído. 7 Está decretado: a cidade-rainha está despida e levada em cativeiro, as suas servas gemem como pombas e batem no peito. 8 Nínive, desde que existe, tem sido como um açude de águas; mas, agora, fogem. Parai! Parai! Clama-se; mas ninguém se volta. 9 Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não se acabam os tesouros; há abastança de todo objeto desejável. 10 Ah! Vacuidade, desolação, ruína! O coração se derrete, os joelhos tremem, em todos os lombos há angústia, e o rosto de todos eles empalidece.
11 Onde está, agora, o covil dos leões e o lugar do pasto dos leõezinhos, onde passeavam o leão, a leoa e o filhote do leão, sem que ninguém os espantasse? 12 O leão arrebatava o bastante para os seus filhotes, estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia de vítimas as suas cavernas, e os seus covis, de rapina. 13 Eis que eu estou contra ti, diz o SENHOR dos Exércitos; queimarei na fumaça os teus carros, a espada devorará os teus leõezinhos, arrancarei da terra a tua presa, e já não se ouvirá a voz dos teus embaixadores.
1 Ai da cidade sanguinária, toda cheia de mentiras e de roubo e que não solta a sua presa! 2 Eis o estalo de açoites e o estrondo das rodas; o galope de cavalos e carros que vão saltando; 3 os cavaleiros que esporeiam, a espada flamejante, o relampejar da lança e multidão de traspassados, massa de cadáveres, mortos sem fim; tropeça gente sobre os mortos. 4 Tudo isso por causa da grande prostituição da bela e encantadora meretriz, da mestra de feitiçarias, que vendia os povos com a sua prostituição e as gentes, com as suas feitiçarias. 5 Eis que eu estou contra ti, diz o SENHOR dos Exércitos; levantarei as abas de tua saia sobre o teu rosto, e mostrarei às nações a tua nudez, e aos reinos, as tuas vergonhas. 6 Lançarei sobre ti imundícias, tratar-te-ei com desprezo e te porei por espetáculo. 7 Há de ser que todos os que te virem fugirão de ti e dirão: Nínive está destruída; quem terá compaixão dela? De onde buscarei os que te consolem?
8 És tu melhor do que Nô-Amom, que estava situada entre o Nilo e seus canais, cercada de águas, tendo por baluarte o mar e ainda o mar, por muralha? 9 Etiópia e Egito eram a sua força, e esta, sem limite; Pute e Líbia, o seu socorro. 10 Todavia, ela foi levada ao exílio, foi para o cativeiro; também os seus filhos foram despedaçados nas esquinas de todas as ruas; sobre os seus nobres lançaram sortes, e todos os seus grandes foram presos com grilhões.
11 Também tu, Nínive, serás embriagada e te esconderás; também procurarás refúgio contra o inimigo. 12 Todas as tuas fortalezas são como figueiras com figos temporãos; se os sacodem, caem na boca do que os há de comer. 13 Eis que as tuas tropas, no meio de ti, são como mulheres; as portas do teu país estão abertas de par em par aos teus inimigos; o fogo consome os teus ferrolhos.
14 Tira água para o tempo do cerco, fortifica as tuas fortalezas, entra no barro e pisa a massa, toma a forma para os ladrilhos. 15 No entanto, o fogo ali te consumirá, a espada te exterminará, consumir-te-á como o gafanhoto. Ainda que te multiplicas como o gafanhoto e te multiplicas como a locusta; 16 ainda que fizeste os teus negociantes mais numerosos do que as estrelas do céu, o gafanhoto devorador invade e sai voando. 17 Os teus príncipes são como os gafanhotos, e os teus chefes, como os gafanhotos grandes, que se acampam nas sebes nos dias de frio; em subindo o sol, voam embora, e não se conhece o lugar onde estão.
18 Os teus pastores dormem, ó rei da Assíria; os teus nobres dormitam; o teu povo se derrama pelos montes, e não há quem o ajunte.
19 Não há remédio para a tua ferida; a tua chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?
Jesus e o Reino de Deus
1 Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. 4 É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. 5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. 6 Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, 7 dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo. 8 Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? 9 Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu. 10 Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos? 11 Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo. 12 Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei.
13 Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego. 14 E era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. 15 Então, os fariseus, por sua vez, lhe perguntaram como chegara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus olhos, lavei-me e estou vendo. 16 Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles. 17 De novo, perguntaram ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? Que é profeta, respondeu ele.
18 Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais 19 e os interrogaram: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois, vê agora? 20 Então, os pais responderam: Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego; 21 mas não sabemos como vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo. 22 Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga. 23 Por isso, é que disseram os pais: Ele idade tem, interrogai-o.
24 Então, chamaram, pela segunda vez, o homem que fora cego e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador. 25 Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo. 26 Perguntaram-lhe, pois: Que te fez ele? como te abriu os olhos? 27 Ele lhes respondeu: Já vo-lo disse, e não atendestes; por que quereis ouvir outra vez? Porventura, quereis vós também tornar-vos seus discípulos? 28 Então, o injuriaram e lhe disseram: Discípulo dele és tu; mas nós somos discípulos de Moisés. 29 Sabemos que Deus falou a Moisés; mas este nem sabemos donde é. 30 Respondeu-lhes o homem: Nisto é de estranhar que vós não saibais donde ele é, e, contudo, me abriu os olhos. 31 Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende. 32 Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. 33 Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito. 34 Mas eles retrucaram: Tu és nascido todo em pecado e nos ensinas a nós? E o expulsaram.
35 Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem? 36 Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia? 37 E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. 38 Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou. 39 Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos. 40 Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos? 41 Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.
1 Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. 2 Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. 3 Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. 4 Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz; 5 mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. 6 Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não compreenderam o sentido daquilo que lhes falava.
7 Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. 8 Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. 9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. 10 O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. 11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. 12 O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. 13 O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. 14 Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, 15 assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor. 17 Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. 18 Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.
19 Por causa dessas palavras, rompeu nova dissensão entre os judeus. 20 Muitos deles diziam: Ele tem demônio e enlouqueceu; por que o ouvis? 21 Outros diziam: Este modo de falar não é de endemoninhado; pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?
22 Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação. Era inverno. 23 Jesus passeava no templo, no Pórtico de Salomão. 24 Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram: Até quando nos deixarás a mente em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-o francamente. 25 Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito. 26 Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. 27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. 30 Eu e o Pai somos um.
31 Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar. 32 Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais? 33 Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo. 34 Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei:
Eu disse: sois deuses?
35 Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar, 36 então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus? 37 Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis; 38 mas, se faço, e não me credes, crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai. 39 Nesse ponto, procuravam, outra vez, prendê-lo; mas ele se livrou das suas mãos.
40 Novamente, se retirou para além do Jordão, para o lugar onde João batizava no princípio; e ali permaneceu. 41 E iam muitos ter com ele e diziam: Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito deste era verdade. 42 E muitos ali creram nele.