Leitura Diária da Bíblia

12 de maio, dia 132: Isaías, cap. 58 a 60

A prática da impiedade é abominável para os reis, porque com justiça se estabelece o trono. (Provérbios 16.12)

Os lábios justos são o contentamento do rei, e ele ama o que fala coisas retas. (Provérbios 16.13)

Salmo 119

Versículos de 9 a 16 (ARA)

A excelência da lei divina

ב

BETH

De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.

De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos.

Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.

Bendito és tu, SENHOR; ensina-me os teus preceitos.

Com os lábios tenho narrado todos os juízos da tua boca.

Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas.

Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito.

Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra.


The Bible Project Reading Plan

Parte VIII

Os Profetas de Antes do Exílio

O Livro de Isaías

Capítulo 58

A devida observância do jejum

1 Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados. 2 Mesmo neste estado, ainda me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos; como povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus, 3 dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. 4 Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto. 5 Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao SENHOR?

6 Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? 7 Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? 8 Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda; 9 então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; 10 se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. 11 O SENHOR te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam. 12 Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se torne habitável.

13 Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, 14 então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse.

Capítulo 59

A confissão da maldade

1 Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. 3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniquidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua profere maldade. 4 Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade. 5 Chocam ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora. 6 As suas teias não se prestam para vestes, os homens não poderão cobrir-se com o que eles fazem, as obras deles são obras de iniquidade, obra de violência há nas suas mãos. 7 Os seus pés correm para o mal, são velozes para derramar o sangue inocente; os seus pensamentos são pensamentos de iniquidade; nos seus caminhos há desolação e abatimento. 8 Desconhecem o caminho da paz, nem há justiça nos seus passos; fizeram para si veredas tortuosas; quem anda por elas não conhece a paz.

9 Por isso, está longe de nós o juízo, e a justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que há só trevas; pelo resplendor, mas andamos na escuridão. 10 Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os robustos somos como mortos. 11 Todos nós bramamos como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, e não o há; a salvação, e ela está longe de nós. 12 Porque as nossas transgressões se multiplicam perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades, 13 como o prevaricar, o mentir contra o SENHOR, o retirarmo-nos do nosso Deus, o pregar opressão e rebeldia, o conceber e proferir do coração palavras de falsidade. 14 Pelo que o direito se retirou, e a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode entrar. 15 Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O SENHOR viu isso e desaprovou o não haver justiça. 16 Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. 17 Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. 18 Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga. 19 Temerão, pois, o nome do SENHOR desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do SENHOR. 20 Virá o Redentor a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o SENHOR. 21 Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles, diz o SENHOR: o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se apartarão dela, nem da de teus filhos, nem da dos filhos de teus filhos, não se apartarão desde agora e para todo o sempre, diz o SENHOR.

Capítulo 60

A glória da nova Jerusalém

1 Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR nasce sobre ti. 2 Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o SENHOR, e a sua glória se vê sobre ti. 3 As nações se encaminham para a tua luz, e os reis, para o resplendor que te nasceu. 4 Levanta em redor os olhos e vê; todos estes se ajuntam e vêm ter contigo; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são trazidas nos braços.

5 Então, o verás e serás radiante de alegria; o teu coração estremecerá e se dilatará de júbilo, porque a abundância do mar se tornará a ti, e as riquezas das nações virão a ter contigo. 6 A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e de Efa; todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do SENHOR. 7 Todas as ovelhas de Quedar se reunirão junto de ti; servir-te-ão os carneiros de Nebaiote; para o meu agrado subirão ao meu altar, e eu tornarei mais gloriosa a casa da minha glória. 8 Quem são estes que vêm voando como nuvens e como pombas, ao seu pombal? 9 Certamente, as terras do mar me aguardarão; virão primeiro os navios de Társis para trazerem teus filhos de longe e, com eles, a sua prata e o seu ouro, para a santificação do nome do SENHOR, teu Deus, e do Santo de Israel, porque ele te glorificou.

10 Estrangeiros edificarão os teus muros, e os seus reis te servirão; porque no meu furor te castiguei, mas na minha graça tive misericórdia de ti. 11 As tuas portas estarão abertas de contínuo; nem de dia nem de noite se fecharão, para que te sejam trazidas riquezas das nações, e, conduzidos com elas, os seus reis. 12 Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas.

13 A glória do Líbano virá a ti; o cipreste, o olmeiro e o buxo, conjuntamente, para adornarem o lugar do meu santuário; e farei glorioso o lugar dos meus pés. 14 Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te desdenharam e chamar-te-ão Cidade do SENHOR, a Sião do Santo de Israel.

15 De abandonada e odiada que eras, de modo que ninguém passava por ti, eu te constituirei glória eterna, regozijo, de geração em geração. 16 Mamarás o leite das nações e te alimentarás ao peito dos reis; saberás que eu sou o SENHOR, o teu Salvador, o teu Redentor, o Poderoso de Jacó. 17 Por bronze trarei ouro, por ferro trarei prata, por madeira, bronze e por pedras, ferro; farei da paz os teus inspetores e da justiça, os teus exatores. 18 Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruínas, nos teus limites; mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas, Louvor. 19 Nunca mais te servirá o sol para luz do dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará; mas o SENHOR será a tua luz perpétua, e o teu Deus, a tua glória. 20 Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará, porque o SENHOR será a tua luz perpétua, e os dias do teu luto findarão. 21 Todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado. 22 O menor virá a ser mil, e o mínimo, uma nação forte; eu, o SENHOR, a seu tempo farei isso prontamente.


Leitura Extra

Jesus e o Reino de Deus

O Evangelho de Mateus

Capítulo 22

A parábola das bodas

1 De novo, entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes: 2 O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho. 3 Então, enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes não quiseram vir. 4 Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas. 5 Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; 6 e os outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram. 7 O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade. 8 Então, disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos. 9 Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes. 10 E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados. 11 Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial 12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. 13 Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. 14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.

A questão do tributo

Mc 12.13-17; Lc 20.20-26

15 Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam em alguma palavra. 16 E enviaram-lhe discípulos, juntamente com os herodianos, para dizer-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens. 17 Dize-nos, pois: que te parece? É lícito pagar tributo a César ou não? 18 Jesus, porém, conhecendo-lhes a malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas? 19 Mostrai-me a moeda do tributo. Trouxeram-lhe um denário. 20 E ele lhes perguntou: De quem é esta efígie e inscrição? 21 Responderam: De César. Então, lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. 22 Ouvindo isto, se admiraram e, deixando-o, foram-se.

Jesus e o tributo de César

Os saduceus e a ressurreição

Mc 12.18-27; Lc 20.27-40

23 Naquele dia, aproximaram-se dele alguns saduceus, que dizem não haver ressurreição, e lhe perguntaram: 24 Mestre, Moisés disse:

Se alguém morrer, não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva e suscitará descendência ao falecido.

25 Ora, havia entre nós sete irmãos. O primeiro, tendo casado, morreu e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão; 26 o mesmo sucedeu com o segundo, com o terceiro, até ao sétimo; 27 depois de todos eles, morreu também a mulher. 28 Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa? Porque todos a desposaram. 29 Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. 30 Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu. 31 E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou:

32 Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó?

Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos.33 Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da sua doutrina.

O grande mandamento

Mc 12.28-31

34 Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho. 35 E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: 36 Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? 37 Respondeu-lhe Jesus:

Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.

38 Este é o grande e primeiro mandamento. 39 O segundo, semelhante a este, é:

Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

40 Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.

O Cristo, Filho de Davi

Mc 12.35-37; Lc 20.41-44

41 Reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus: 42 Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe eles: De Davi. 43 Replicou-lhes Jesus: Como, pois, Davi, pelo Espírito, chama-lhe Senhor, dizendo:

44 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés?

45 Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho? 46 E ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas.

Capítulo 23

Jesus censura os escribas e os fariseus

Mc 12.38-40; Lc 11.37-52; 20.45-47

1 Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: 2 Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. 3 Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. 4 Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. 5 Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas. 6 Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, 7 as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens. 8 Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. 9 A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10 Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo. 11 Mas o maior dentre vós será vosso servo. 12 Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.

Várias advertências de Jesus

13 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!

14 [Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo!]

15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!

16 Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou! 17 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro? 18 E dizeis: Quem jurar pelo altar, isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou. 19 Cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta? 20 Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo o que sobre ele está. 21 Quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita; 22 e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que no trono está sentado.

23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas! 24 Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!

25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança! 26 Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!

27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! 28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.

29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos 30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas! 31 Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. 32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. 33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? 34 Por isso, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade; 35 para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar. 36 Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre a presente geração.

O lamento sobre Jerusalém

Lc 13.34-35

37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! 38 Eis que a vossa casa vos ficará deserta. 39 Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer:

Bendito o que vem em nome do Senhor!