2 de maio, dia 122: Isaías, cap. 23 a 27
O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos. (Provérbios 15.30)
Os ouvidos que atendem à repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada. (Provérbios 15.31)
Ao mestre de canto. Salmo de Davi
1 Ó Deus do meu louvor, não te cales!
2 Pois contra mim se desataram lábios maldosos e fraudulentos; com mentirosa língua falam contra mim.
3 Cercam-me com palavras odiosas e sem causa me fazem guerra.
4 Em paga do meu amor, me hostilizam; eu, porém, oro.
5 Pagaram-me o bem com o mal; o amor, com ódio.
6 Suscita contra ele um ímpio, e à sua direita esteja um acusador.
7 Quando o julgarem, seja condenado; e, tida como pecado, a sua oração.
8 Os seus dias sejam poucos, e tome outro o seu encargo.
9 Fiquem órfãos os seus filhos, e viúva, a sua esposa.
10 Andem errantes os seus filhos e mendiguem; e sejam expulsos das ruínas de suas casas.
11 De tudo o que tem, lance mão o usurário; do fruto do seu trabalho, esbulhem-no os estranhos.
12 Ninguém tenha misericórdia dele, nem haja quem se compadeça dos seus órfãos.
13 Desapareça a sua posteridade, e na seguinte geração se extinga o seu nome.
14 Na lembrança do SENHOR, viva a iniquidade de seus pais, e não se apague o pecado de sua mãe.
15 Permaneçam ante os olhos do SENHOR, para que faça desaparecer da terra a memória deles.
16 Porquanto não se lembrou de usar de misericórdia, mas perseguiu o aflito e o necessitado, como também o quebrantado de coração, para os entregar à morte.
17 Amou a maldição; ela o apanhe; não quis a bênção; aparte-se dele.
18 Vestiu-se de maldição como de uma túnica: penetre, como água, no seu interior e nos seus ossos, como azeite.
19 Seja-lhe como a roupa que o cobre e como o cinto com que sempre se cinge.
20 Tal seja, da parte do SENHOR, o galardão dos meus contrários e dos que falam mal contra a minha alma.
21 Mas tu, SENHOR Deus, age por mim, por amor do teu nome; livra-me, porque é grande a tua misericórdia.
22 Porque estou aflito e necessitado e, dentro de mim, sinto ferido o coração.
23 Vou passando, como a sombra que declina; sou atirado para longe, como um gafanhoto.
24 De tanto jejuar, os joelhos me vacilam, e de magreza vai mirrando a minha carne.
25 Tornei-me para eles objeto de opróbrio; quando me veem, meneiam a cabeça.
26 Socorre, SENHOR, Deus meu! Salva-me segundo a tua misericórdia.
27 Para que saibam vir isso das tuas mãos; que tu, SENHOR, o fizeste.
28 Amaldiçoem eles, mas tu, abençoa; sejam confundidos os que contra mim se levantam; alegre-se, porém, o teu servo.
29 Cubram-se de ignomínia os meus adversários, e a sua própria confusão os envolva como uma túnica.
30 Muitas graças darei ao SENHOR com os meus lábios; louvá-lo-ei no meio da multidão; 31 porque ele se põe à direita do pobre, para o livrar dos que lhe julgam a alma.
Parte VIII
Os Profetas de Antes do Exílio
1 Sentença contra Tiro. Uivai, navios de Társis, porque está assolada, a ponto de não haver nela casa nenhuma, nem ancoradouro. Da terra de Chipre lhes foi isto revelado. 2 Calai-vos, moradores do litoral, vós a quem os mercadores de Sidom enriqueceram, navegando pelo mar. 3 Através das vastas águas, vinha o cereal dos canais do Egito e a ceifa do Nilo, como a tua renda, Tiro, que vieste a ser a feira das nações. 4 Envergonha-te, ó Sidom, porque o mar, a fortaleza do mar, fala, dizendo: Não tive dores de parto, não dei à luz, não criei rapazes, nem eduquei donzelas. 5 Quando a notícia a respeito de Tiro chegar ao Egito, com ela se angustiarão os homens. 6 Passai a Társis, uivai, moradores do litoral. 7 É esta, acaso, a vossa cidade que andava exultante, cuja origem data de remotos dias, cujos pés a levaram até longe para estabelecer-se?
8 Quem formou este desígnio contra Tiro, a cidade distribuidora de coroas, cujos mercadores são príncipes e cujos negociantes são os mais nobres da terra? 9 O SENHOR dos Exércitos formou este desígnio para denegrir a soberba de toda beleza e envilecer os mais nobres da terra. 10 Percorre livremente como o Nilo a tua terra, ó filha de Társis; já não há quem te restrinja. 11 O SENHOR estendeu a mão sobre o mar e turbou os reinos; deu ordens contra Canaã, para que se destruíssem as suas fortalezas. 12 E disse: Nunca mais exultarás, ó oprimida virgem filha de Sidom; levanta-te, passa a Chipre, mas ainda ali não terás descanso.
13 Eis a terra dos caldeus, povo que até há pouco não era povo e que a Assíria destinara para os sátiros do deserto; povo que levantou suas torres, e arrasou os palácios de Tiro, e os converteu em ruínas. 14 Uivai, navios de Társis, porque é destruída a que era a vossa fortaleza! 15 Naquele dia, Tiro será posta em esquecimento por setenta anos, segundo os dias de um rei; mas no fim dos setenta anos dar-se-á com Tiro o que consta na canção da meretriz: 16 Toma a harpa, rodeia a cidade, ó meretriz, entregue ao esquecimento; canta bem, toca, multiplica as tuas canções, para que se recordem de ti. 17 Findos os setenta anos, o SENHOR atentará para Tiro, e ela tornará ao salário da sua impureza e se prostituirá com todos os reinos da terra. 18 O ganho e o salário de sua impureza serão dedicados ao SENHOR; não serão entesourados, nem guardados, mas o seu ganho será para os que habitam perante o SENHOR, para que tenham comida em abundância e vestes finas.
1 Eis que o SENHOR vai devastar e desolar a terra, vai transtornar a sua superfície e lhe dispersar os moradores. 2 O que suceder ao povo sucederá ao sacerdote; ao servo, como ao seu senhor; à serva, como à sua dona; ao comprador, como ao vendedor; ao que empresta, como ao que toma emprestado; ao credor, como ao devedor. 3 A terra será de todo devastada e totalmente saqueada, porque o SENHOR é quem proferiu esta palavra. 4 A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enlanguescem os mais altos do povo da terra. 5 Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna. 6 Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão. 7 Pranteia o vinho, enlanguesce a vide, e gemem todos os que estavam de coração alegre. 8 Cessou o folguedo dos tamboris, acabou o ruído dos que exultam, e descansou a alegria da harpa. 9 Já não se bebe vinho entre canções; a bebida forte é amarga para os que a bebem. 10 Demolida está a cidade caótica, todas as casas estão fechadas, ninguém já pode entrar. 11 Gritam por vinho nas ruas, fez-se noite para toda alegria, foi banido da terra o prazer. 12 Na cidade, reina a desolação, e a porta está reduzida a ruínas. 13 Porque será na terra, no meio destes povos, como o varejar da oliveira e como o rebuscar, quando está acabada a vindima.
14 Eles levantam a voz e cantam com alegria; por causa da glória do SENHOR, exultam desde o mar. 15 Por isso, glorificai ao SENHOR no Oriente e, nas terras do mar, ao nome do SENHOR, Deus de Israel. 16 Dos confins da terra ouvimos cantar: Glória ao Justo!
Mas eu digo: definho, definho, ai de mim! Os pérfidos tratam perfidamente; sim, os pérfidos tratam mui perfidamente. 17 Terror, cova e laço vêm sobre ti, ó morador da terra. 18 E será que aquele que fugir da voz do terror cairá na cova, e, se sair da cova, o laço o prenderá; porque as represas do alto se abrem, e tremem os fundamentos da terra. 19 A terra será de todo quebrantada, ela totalmente se romperá, a terra violentamente se moverá. 20 A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará.
21 Naquele dia, o SENHOR castigará, no céu, as hostes celestes, e os reis da terra, na terra. 22 Serão ajuntados como presos em masmorra, e encerrados num cárcere, e castigados depois de muitos dias. 23 A lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o SENHOR dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém; perante os seus anciãos haverá glória.
1 Ó SENHOR, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros. 2 Porque da cidade fizeste um montão de pedras e da cidade forte, uma ruína; a fortaleza dos estranhos já não é cidade e jamais será reedificada. 3 Pelo que povos fortes te glorificarão, e a cidade das nações opressoras te temerá. 4 Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor; porque dos tiranos o bufo é como a tempestade contra o muro, 5 como o calor em lugar seco. Tu abaterás o ímpeto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim o hino triunfal dos tiranos será aniquilado.
6 O SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem-clarificados. 7 Destruirá neste monte a coberta que envolve todos os povos e o véu que está posto sobre todas as nações. 8 Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o SENHOR falou. 9 Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos. 10 Porque a mão do SENHOR descansará neste monte; mas Moabe será trilhado no seu lugar, como se pisa a palha na água da cova da esterqueira; 11 no meio disto estenderá ele as mãos, como as estende o nadador para nadar; mas o SENHOR lhe abaterá a altivez, não obstante a perícia das suas mãos; 12 e abaixará as altas fortalezas dos seus muros; abatê-las-á e derribá-las-á por terra, até ao pó.
1 Naquele dia, se entoará este cântico na terra de Judá: Temos uma cidade forte; Deus lhe põe a salvação por muros e baluartes. 2 Abri vós as portas, para que entre a nação justa, que guarda a fidelidade. 3 Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. 4 Confiai no SENHOR perpetuamente, porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna; 5 porque ele abate os que habitam no alto, na cidade elevada; abate-a, humilha-a até à terra e até ao pó. 6 O pé a pisará; os pés dos aflitos, e os passos dos pobres.
7 A vereda do justo é plana; tu, que és justo, aplanas a vereda do justo. 8 Também através dos teus juízos, SENHOR, te esperamos; no teu nome e na tua memória está o desejo da nossa alma. 9 Com minha alma suspiro de noite por ti e, com o meu espírito dentro de mim, eu te procuro diligentemente; porque, quando os teus juízos reinam na terra, os moradores do mundo aprendem justiça. 10 Ainda que se mostre favor ao perverso, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão ele comete a iniquidade e não atenta para a majestade do SENHOR. 11 SENHOR, a tua mão está levantada, mas nem por isso a veem; porém verão o teu zelo pelo povo e se envergonharão; e o teu furor, por causa dos teus adversários, que os consuma. 12 SENHOR, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras tu as fazes por nós. 13 Ó SENHOR, Deus nosso, outros senhores têm tido domínio sobre nós; mas graças a ti somente é que louvamos o teu nome. 14 Mortos não tornarão a viver, sombras não ressuscitam; por isso, os castigaste, e destruíste, e lhes fizeste perecer toda a memória. 15 Tu, SENHOR, aumentaste o povo, aumentaste o povo e tens sido glorificado; a todos os confins da terra dilataste.
16 SENHOR, na angústia te buscaram; vindo sobre eles a tua correção, derramaram as suas orações. 17 Como a mulher grávida, quando se lhe aproxima a hora de dar à luz, se contorce e dá gritos nas suas dores, assim fomos nós na tua presença, ó SENHOR! 18 Concebemos nós e nos contorcemos em dores de parto, mas o que demos à luz foi vento; não trouxemos à terra livramento algum, e não nasceram moradores do mundo. 19 Os vossos mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho de vida, e a terra dará à luz os seus mortos.
20 Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. 21 Pois eis que o SENHOR sai do seu lugar, para castigar a iniquidade dos moradores da terra; a terra descobrirá o sangue que embebeu e já não encobrirá aqueles que foram mortos.
1 Naquele dia, o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o dragão, serpente veloz, e o dragão, serpente sinuosa, e matará o monstro que está no mar.
2 Naquele dia, dirá o SENHOR: Cantai a vinha deliciosa! 3 Eu, o SENHOR, a vigio e a cada momento a regarei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de dia eu cuidarei dela. 4 Não há indignação em mim. Quem me dera espinheiros e abrolhos diante de mim! Em guerra, eu iria contra eles e juntamente os queimaria. 5 Ou que homens se apoderem da minha força e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo.
6 Dias virão em que Jacó lançará raízes, florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo. 7 Porventura, feriu o SENHOR a Israel como àqueles que o feriram? Ou o matou, assim como àqueles que o mataram? 8 Com xô!, xô! e exílio o trataste; com forte sopro o expulsaste no dia do vento oriental. 9 Portanto, com isto será expiada a culpa de Jacó, e este é todo o fruto do perdão do seu pecado: quando o SENHOR fizer a todas as pedras do altar como pedras de cal feitas em pedaços, não ficarão em pé os postes-ídolos e os altares do incenso. 10 Porque a cidade fortificada está solitária, habitação desamparada e abandonada como um deserto; ali pastam os bezerros, deitam-se e devoram os seus ramos. 11 Quando os seus ramos se secam, são quebrados. Então, vêm as mulheres e lhes deitam fogo, porque este povo não é povo de entendimento; por isso, aquele que o fez não se compadecerá dele, e aquele que o formou não lhe perdoará.
12 Naquele dia, em que o SENHOR debulhará o seu cereal desde o Eufrates até ao ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. 13 Naquele dia, se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo em Jerusalém.
O SENHOR mata o monstro do mar
Jesus e o Reino de Deus
O Evangelho de Mateus apresenta Jesus como o Messias, o Salvador que Deus tinha prometido enviar ao mundo. O Evangelho começa com a lista dos antepassados de Jesus, ligando-o assim à história do povo de Deus. Jesus é aquele em quem se cumprem as promessas feitas ao rei Davi e a Abraão, o pai do povo escolhido. Em seguida, o autor fala do nascimento de Jesus, citando, passo a passo, textos do Antigo Testamento a fim de provar que Jesus é, de fato, o Messias que Deus enviou (1.23; 2.6; 2.15; 2.18; 2.23).
Neste Evangelho, os fatos da vida de Jesus aparecem na mesma ordem seguida no Evangelho de Marcos. Depois de ser batizado no rio Jordão por João Batista, Jesus é tentado no deserto e em seguida vai para a Galileia, onde ensina multidões, cura doentes e expulsa demônios.
Mateus dá muita importância aos ensinamentos de Jesus e junta muitos deles em cinco grandes discursos: 1) o sermão do monte, em que Jesus fala a respeito do caráter, dos deveres, dos privilégios e do destino daqueles que pertencem ao Reino do Céu (caps. 5—7); 2) instruções dadas aos doze apóstolos para a sua missão de anunciar a vinda do Reino do Céu e de curar os doentes (cap. 10); 3) os segredos do Reino do Céu, apresentados em forma de parábolas (cap. 13); 4) ensinamentos a respeito da Igreja, a nova comunidade composta dos seguidores de Jesus (cap. 18); 5) ensinamentos sobre o fim dos tempos e a vinda do Reino do Céu (caps. 24—25). Além desses cinco discursos, Mateus registra outras palavras de Jesus, como, por exemplo, as condenações que ele faz contra os mestres da Lei e os fariseus (23.1-36).
1. Infância de Jesus
a. Genealogia de Jesus Cristo (1.1-17)
b. Nascimento e infância de Jesus (1.18— 2.23)
2. Começo do ministério de Jesus
a. Pregação de João Batista (3.1-12)
b. Antecedentes do ministério de Jesus (3.13-4.11)
3. Ministério de Jesus na Galileia
a. Começo do ministério (4.12-25)
b. O sermão do monte (5.1—7.29)
c. Atividades de Jesus (8.1—9.38)
d. Instrução dos apóstolos (10.1—11.1)
e. Atividades de Jesus (11.2—12.50)
f. As parábolas do Reino (13.1-58)
4. Ministério de Jesus em diversas regiões
a. Atividades de Jesus (14.1—17.27)
b. Sermão sobre a vida da comunidade (18.1-35)
c. Atividades de Jesus (19.1—20.34)
5. Jesus em Jerusalém: semana da paixão
a. Atividades de Jesus (21.1—23.39)
b. Sermão sobre o final dos tempos (24.1 —25.46)
c. Paixão, morte e ressurreição (26.1— 28.20)
Lc 3.23-38
1 Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2 Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; 3 Judá gerou de Tamar a Perez e a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão; 4 Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; 5 Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé; 6 Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias; 7 Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa; 8 Asa gerou a Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias; 9 Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequias; 10 Ezequias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias; 11 Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
12 Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel; 13 Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim, a Azor; 14 Azor gerou a Sadoque; Sadoque, a Aquim; Aquim, a Eliúde; 15 Eliúde gerou a Eleazar; Eleazar, a Matã; Matã, a Jacó. 16 E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo.
17 De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao exílio na Babilônia, catorze; e desde o exílio na Babilônia até Cristo, catorze.
Lc 2.1-7
18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. 19 Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. 20 Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. 22 Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel
(que quer dizer: Deus conosco). 24 Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. 25 Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.
1 Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. 2 E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. 3 Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém; 4 então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. 5 Em Belém da Judeia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta:
6 E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.
7 Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. 8 E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo. 9 Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino. 10 E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. 11 Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. 12 Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.
A estrela guia e os magos do oriente
13 Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. 14 Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito; 15 e lá ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta:
Do Egito chamei o meu Filho.
A fuga para o Egito
16 Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos. 17 Então, se cumpriu o que fora dito por intermédio do profeta Jeremias:
18 Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem.
A matança dos inocentes
19 Tendo Herodes morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e disse-lhe: 20 Dispõe-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino. 21 Dispôs-se ele, tomou o menino e sua mãe e regressou para a terra de Israel. 22 Tendo, porém, ouvido que Arquelau reinava na Judeia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e, por divina advertência prevenido em sonho, retirou-se para as regiões da Galileia. 23 E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas:
Ele será chamado Nazareno.