16 de março, dia 75: Juízes, cap. 4 e 5
Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau. (Provérbios 13.20)
Ao mestre de canto. Segundo a melodia de Jedutum. De Davi
1 Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação.
2 Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei muito abalado.
3 Até quando acometereis vós a um homem, todos vós, para o derribardes, como se fosse uma parede pendida ou um muro prestes a cair?
4 Só pensam em derribá-lo da sua dignidade; na mentira se comprazem; de boca bendizem, porém no interior maldizem.
5 Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança.
6 Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei jamais abalado.
7 De Deus dependem a minha salvação e a minha glória; estão em Deus a minha forte rocha e o meu refúgio.
8 Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio.
9 Somente vaidade são os homens plebeus; falsidade, os de fina estirpe; pesados em balança, eles juntos são mais leves que a vaidade.
10 Não confieis naquilo que extorquis, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração.
11 Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus, 12 e a ti, Senhor, pertence a graça, pois a cada um retribuis segundo as suas obras.
Parte VI
A Terra Prometida
1 Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o SENHOR, depois de falecer Eúde. 2 Entregou-os o SENHOR nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Sísera era o comandante do seu exército, o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim. 3 Clamaram os filhos de Israel ao SENHOR, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro e, por vinte anos, oprimia duramente os filhos de Israel.
4 Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. 5 Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo. 6 Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, e disse-lhe: Porventura, o SENHOR, Deus de Israel, não deu ordem, dizendo: Vai, e leva gente ao monte Tabor, e toma contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom? 7 E farei ir a ti para o ribeiro Quisom a Sísera, comandante do exército de Jabim, com os seus carros e as suas tropas; e o darei nas tuas mãos. 8 Então, lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. 9 Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes. 10 Então, Baraque convocou a Zebulom e a Naftali em Quedes, e com ele subiram dez mil homens; e Débora também subiu com ele.
11 Ora, Héber, queneu, se tinha apartado dos queneus, dos filhos de Hobabe, sogro de Moisés, e havia armado as suas tendas até ao carvalho de Zaananim, que está junto a Quedes.
12 Anunciaram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, tinha subido ao monte Tabor. 13 Sísera convocou todos os seus carros, novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava com ele, de Harosete-Hagoim para o ribeiro Quisom. 14 Então, disse Débora a Baraque: Dispõe-te, porque este é o dia em que o SENHOR entregou a Sísera nas tuas mãos; porventura, o SENHOR não saiu adiante de ti? Baraque, pois, desceu do monte Tabor, e dez mil homens, após ele. 15 E o SENHOR derrotou a Sísera, e todos os seus carros, e a todo o seu exército a fio de espada, diante de Baraque; e Sísera saltou do carro e fugiu a pé. 16 Mas Baraque perseguiu os carros e os exércitos até Harosete-Hagoim; e todo o exército de Sísera caiu a fio de espada, sem escapar nem sequer um.
17 Porém Sísera fugiu a pé para a tenda de Jael, mulher de Héber, queneu; porquanto havia paz entre Jabim, rei de Hazor, e a casa de Héber, queneu. 18 Saindo Jael ao encontro de Sísera, disse-lhe: Entra, senhor meu, entra na minha tenda, não temas. Retirou-se para a sua tenda, e ela pôs sobre ele uma coberta. 19 Então, ele lhe disse: Dá-me, peço-te, de beber um pouco de água, porque tenho sede. Ela abriu um odre de leite, e deu-lhe de beber, e o cobriu. 20 E ele lhe disse mais: Põe-te à porta da tenda; e há de ser que, se vier alguém e te perguntar: Há aqui alguém?, responde: Não. 21 Então, Jael, mulher de Héber, tomou uma estaca da tenda, e lançou mão de um martelo, e foi-se mansamente a ele, e lhe cravou a estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra, estando ele em profundo sono e mui exausto; e, assim, morreu. 22 E eis que, perseguindo Baraque a Sísera, Jael lhe saiu ao encontro e lhe disse: Vem, e mostrar-te-ei o homem que procuras. Ele a seguiu; e eis que Sísera jazia morto, e a estaca na fonte. 23 Assim, Deus, naquele dia, humilhou a Jabim, rei de Canaã, diante dos filhos de Israel. 24 E cada vez mais a mão dos filhos de Israel prevalecia contra Jabim, rei de Canaã, até que o exterminaram.
Jael e Sísera
1 Naquele dia, cantaram Débora e Baraque, filho de Abinoão, dizendo:
2 Desde que os chefes se puseram à frente de Israel,
e o povo se ofereceu voluntariamente,
bendizei ao SENHOR.
3 Ouvi, reis, dai ouvidos, príncipes:
eu, eu mesma cantarei ao SENHOR;
salmodiarei ao SENHOR, Deus de Israel.
4 Saindo tu, ó SENHOR, de Seir,
marchando desde o campo de Edom,
a terra estremeceu;
os céus gotejaram,
sim, até as nuvens gotejaram águas.
5 Os montes vacilaram diante do SENHOR,
e até o Sinai, diante do SENHOR, Deus de Israel.
6 Nos dias de Sangar, filho de Anate,
nos dias de Jael, cessaram as caravanas;
e os viajantes tomavam desvios tortuosos.
7 Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram,
até que eu, Débora, me levantei,
levantei-me por mãe em Israel.
8 Escolheram-se deuses novos;
então, a guerra estava às portas;
não se via escudo nem lança
entre quarenta mil em Israel.
9 Meu coração se inclina para os comandantes de Israel,
que, voluntariamente, se ofereceram entre o povo;
bendizei ao SENHOR.
10 Vós, os que cavalgais jumentas brancas,
que vos assentais em juízo
e que andais pelo caminho, falai disto.
11 À música dos distribuidores de água,
lá entre os canais dos rebanhos,
falai dos atos de justiça do SENHOR,
das justiças a prol de suas aldeias em Israel.
Então, o povo do SENHOR
pôde descer ao seu lar.
12 Desperta, Débora, desperta,
desperta, acorda, entoa um cântico;
levanta-te, Baraque, e leva presos
os que te prenderam, tu, filho de Abinoão.
13 Então, desceu o restante dos nobres,
o povo do SENHOR em meu auxílio contra os poderosos.
14 De Efraim, cujas raízes estão na antiga região de Amaleque,
desceram guerreiros;
depois de ti, ó Débora,
seguiu Benjamim com seus povos;
de Maquir desceram comandantes,
e, de Zebulom, os que levam a vara de comando.
15 Também os príncipes de Issacar foram com Débora;
Issacar seguiu a Baraque,
em cujas pegadas foi enviado para o vale.
Entre as facções de Rúben
houve grande discussão.
16 Por que ficaste entre os currais
para ouvires a flauta?
Entre as facções de Rúben
houve grande discussão.
17 Gileade ficou dalém do Jordão,
e Dã, por que se deteve junto a seus navios?
Aser se assentou nas costas do mar
e repousou nas suas baías.
18 Zebulom é povo que expôs a sua vida à morte,
como também Naftali, nas alturas do campo.
19 Vieram reis e pelejaram;
pelejaram os reis de Canaã
em Taanaque, junto às águas de Megido;
porém não levaram nenhum despojo de prata.
20 Desde os céus pelejaram as estrelas
contra Sísera, desde a sua órbita o fizeram.
21 O ribeiro Quisom os arrastou,
Quisom, o ribeiro das batalhas.
Avante, ó minha alma, firme!
22 Então, as unhas dos cavalos socavam pelo galopar,
o galopar dos seus guerreiros.
23 Amaldiçoai a Meroz, diz o Anjo do SENHOR,
amaldiçoai duramente os seus moradores,
porque não vieram em socorro do SENHOR,
em socorro do SENHOR e seus heróis.
24 Bendita seja sobre as mulheres Jael,
mulher de Héber, o queneu;
bendita seja sobre as mulheres que vivem em tendas.
25 Água pediu ele, leite lhe deu ela;
em taça de príncipes lhe ofereceu nata.
26 À estaca estendeu a mão e, ao maço dos trabalhadores, a direita;
e deu o golpe em Sísera,
rachou-lhe a cabeça,
furou e traspassou-lhe as fontes.
27 Aos pés dela se encurvou,
caiu e ficou estirado;
a seus pés se encurvou e caiu;
onde se encurvou, ali caiu morto.
28 A mãe de Sísera olhava pela janela
e exclamava pela grade:
Por que tarda em vir o seu carro?
Por que se demoram os passos dos seus cavalos?
29 As mais sábias das suas damas respondem,
e até ela a si mesma respondia:
30 Porventura, não achariam e repartiriam despojos?
Uma ou duas moças, a cada homem?
Para Sísera, estofos de várias cores,
estofos de várias cores de bordados;
um ou dois estofos bordados, para o pescoço da esposa?
31 Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos!
Porém os que te amam brilham como o sol
quando se levanta no seu esplendor.
E a terra ficou em paz quarenta anos.
Débora
O Povo do Reino de Deus
O apóstolo Paulo escreveu pelo menos quatro epístolas aos cristãos da cidade de Corinto. Duas delas fazem parte do Novo Testamento. Em 1Co 5.9-13, Paulo fala de uma epístola que ele havia escrito antes de escrever 1Coríntios; e, em 2Co 2.3; 7.8, ele faz referência a outra epístola sua, que havia causado tristeza aos seus leitores.
A situação entre Paulo e os membros da igreja de Corinto piorou depois que eles receberam a epístola de Paulo. Alguns dos membros mais exaltados andavam dizendo que Paulo não era realmente apóstolo e, portanto, não tinha autoridade para resolver os problemas da igreja. Paulo reage com firmeza e, nos capítulos 10 a 12, defende a sua autoridade como verdadeiro apóstolo de Jesus Cristo. Paulo trata de outros assuntos da vida cristã, inclusive do novo relacionamento que Deus, por meio de Jesus Cristo, cria com as pessoas. Ele diz: "Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação" (5.18). Mais uma vez, Paulo insiste na necessidade de ajudar os cristãos necessitados da Judeia (caps. 8 e 9). Apesar das suas palavras duras, Paulo termina a epístola com expressões de amor e carinho.
Prefácio e saudação (1.1-11)
1. O apóstolo defende o seu ministério
a. Razões das mudanças nos planos de viagem (1.12—2.17)
b. A grandeza do ministério da nova aliança (3.1—4.6)
c. O zelo do apóstolo na condução do seu ministério (4.7—6.10)
d. Admoestação aos coríntios (6.11—7.4)
e. O relatório de Tito (7.5-16)
2. Oferta para os santos de Jerusalém
a. Recomendações para completar a obra de ajuda (8.1—9.5)
b. Bênçãos derivadas da oferta (9.6-15)
3. Nova defesa do ministério apostólico
a. Legitimidade do ministério (10.1— 12.13)
b. Preparação de uma nova visita (12.14 —13.10)
Saudações e bênção (13.11-13)
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto e a todos os santos em toda a Acaia, 2 graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! 4 É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. 5 Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. 6 Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos. 7 A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação. 8 Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. 9 Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos; 10 o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos, 11 ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo benefício que nos foi concedido por meio de muitos.
12 Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco. 13 Porque nenhuma outra coisa vos escrevemos, além das que ledes e bem compreendeis; e espero que o compreendereis de todo, 14 como também já em parte nos compreendestes, que somos a vossa glória, como igualmente sois a nossa no Dia de Jesus, nosso Senhor.
15 Com esta confiança, resolvi ir, primeiro, encontrar-me convosco, para que tivésseis um segundo benefício; 16 e, por vosso intermédio, passar à Macedônia, e da Macedônia voltar a encontrar-me convosco, e ser encaminhado por vós para a Judeia. 17 Ora, determinando isto, terei, porventura, agido com leviandade? Ou, ao deliberar, acaso delibero segundo a carne, de sorte que haja em mim, simultaneamente, o sim e o não? 18 Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não. 19 Porque o Filho de Deus, Cristo Jesus, que foi, por nosso intermédio, anunciado entre vós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas sempre nele houve o sim. 20 Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio. 21 Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, 22 que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.
23 Eu, porém, por minha vida, tomo a Deus por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto; 24 não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vossa alegria; porquanto, pela fé, já estais firmados.
1 Isto deliberei por mim mesmo: não voltar a encontrar-me convosco em tristeza. 2 Porque, se eu vos entristeço, quem me alegrará, senão aquele que está entristecido por mim mesmo? 3 E isto escrevi para que, quando for, não tenha tristeza da parte daqueles que deveriam alegrar-me, confiando em todos vós de que a minha alegria é também a vossa. 4 Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida.
5 Ora, se alguém causou tristeza, não o fez apenas a mim, mas, para que eu não seja demasiadamente áspero, digo que em parte a todos vós; 6 basta-lhe a punição pela maioria. 7 De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza. 8 Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor. 9 E foi por isso também que vos escrevi, para ter prova de que, em tudo, sois obedientes. 10 A quem perdoais alguma coisa, também eu perdoo; porque, de fato, o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na presença de Cristo; 11 para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.
12 Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor, 13 não tive, contudo, tranquilidade no meu espírito, porque não encontrei o meu irmão Tito; por isso, despedindo-me deles, parti para a Macedônia.
14 Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. 15 Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. 16 Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas? 17 Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus.