7 de março, dia 66: Deuteronômio, cap. 31 a 34
A justiça guarda ao que anda em integridade, mas a malícia subverte ao pecador. (Provérbios 13.6)
Uns se dizem ricos sem terem nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos. (Provérbios 13.7)
Sl 14.1-7
Ao mestre de canto. Salmo didático de Davi, para cítara
1 Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam iniquidade; já não há quem faça o bem.
2 Do céu, olha Deus para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus.
3 Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem sequer um.
4 Acaso, não entendem os obreiros da iniquidade? Esses, que devoram o meu povo como quem come pão? Eles não invocam a Deus.
5 Tomam-se de grande pavor, onde não há a quem temer; porque Deus dispersa os ossos daquele que te sitia; tu os envergonhas, porque Deus os rejeita.
6 Quem me dera que de Sião viesse já o livramento de Israel! Quando Deus restaurar a sorte do seu povo, então, exultará Jacó, e Israel se alegrará.
Parte V
No Deserto
30 Então, Moisés pronunciou, integralmente, as palavras deste cântico aos ouvidos de toda a congregação de Israel:
1 Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei;
e ouça a terra as palavras da minha boca.
2 Goteje a minha doutrina como a chuva,
destile a minha palavra como o orvalho,
como chuvisco sobre a relva
e como gotas de água sobre a erva.
3 Porque proclamarei o nome do SENHOR.
Engrandecei o nosso Deus.
4 Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas,
porque todos os seus caminhos são juízo;
Deus é fidelidade, e não há nele injustiça;
é justo e reto.
5 Procederam corruptamente contra ele,
já não são seus filhos, e sim suas manchas;
é geração perversa e deformada.
6 É assim que recompensas ao SENHOR,
povo louco e ignorante?
Não é ele teu pai, que te adquiriu,
te fez e te estabeleceu?
7 Lembra-te dos dias da antiguidade,
atenta para os anos de gerações e gerações;
pergunta a teu pai, e ele te informará,
aos teus anciãos, e eles to dirão.
8 Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações,
quando separava os filhos dos homens uns dos outros,
fixou os limites dos povos,
segundo o número dos filhos de Israel.
9 Porque a porção do SENHOR é o seu povo;
Jacó é a parte da sua herança.
10 Achou-o numa terra deserta
e num ermo solitário povoado de uivos;
rodeou-o e cuidou dele,
guardou-o como a menina dos olhos.
11 Como a águia desperta a sua ninhada
e voeja sobre os seus filhotes,
estende as asas e, tomando-os,
os leva sobre elas,
12 assim, só o SENHOR o guiou,
e não havia com ele deus estranho.
13 Ele o fez cavalgar sobre os altos da terra,
comer as messes do campo,
chupar mel da rocha e azeite da dura pederneira,
14 coalhada de vacas e leite de ovelhas,
com a gordura dos cordeiros,
dos carneiros que pastam em Basã e dos bodes,
com o mais escolhido trigo;
e bebeste o sangue das uvas, o mosto.
15 Mas, engordando-se o meu amado, deu coices;
engordou-se, engrossou-se, ficou nédio
e abandonou a Deus, que o fez,
desprezou a Rocha da sua salvação.
16 Com deuses estranhos o provocaram a zelos,
com abominações o irritaram.
17 Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus;
a deuses que não conheceram,
novos deuses que vieram há pouco,
dos quais não se estremeceram seus pais.
18 Olvidaste a Rocha que te gerou;
e te esqueceste do Deus que te deu o ser.
19 Viu isto o SENHOR e os desprezou,
por causa da provocação de seus filhos e suas filhas;
20 e disse: Esconderei deles o rosto,
verei qual será o seu fim;
porque são raça de perversidade,
filhos em quem não há lealdade.
21 A zelos me provocaram com aquilo que não é Deus;
com seus ídolos me provocaram à ira;
portanto, eu os provocarei a zelos com aquele que não é povo;
com louca nação os despertarei à ira.
22 Porque um fogo se acendeu no meu furor
e arderá até ao mais profundo do inferno,
consumirá a terra e suas messes
e abrasará os fundamentos dos montes.
23 Amontoarei males sobre eles;
as minhas setas esgotarei contra eles.
24 Consumidos serão pela fome,
devorados pela febre e peste violenta;
e contra eles enviarei dentes de feras
e ardente peçonha de serpentes do pó.
25 Fora devastará a espada,
em casa, o pavor,
tanto ao jovem como à virgem,
tanto à criança de peito como ao homem encanecido.
26 Eu teria dito: Por todos os cantos os espalharei
e farei cessar a sua memória dentre os homens,
27 se eu não tivesse receado a provocação do inimigo,
para que os seus adversários não se iludam,
para que não digam: A nossa mão tem prevalecido,
e não foi o SENHOR quem fez tudo isto.
28 Porque o meu povo é gente falta de conselhos,
e neles não há entendimento.
29 Tomara fossem eles sábios! Então, entenderiam isto
e atentariam para o seu fim.
30 Como poderia um só perseguir mil,
e dois fazerem fugir dez mil,
se a sua Rocha lhos não vendera,
e o SENHOR lhos não entregara?
31 Porque a rocha deles não é como a nossa Rocha;
e os próprios inimigos o atestam.
32 Porque a sua vinha é da vinha de Sodoma
e dos campos de Gomorra;
as suas uvas são uvas de veneno,
seus cachos, amargos;
33 o seu vinho é ardente veneno de répteis
e peçonha terrível de víboras.
34 Não está isto guardado comigo,
selado nos meus tesouros?
35 A mim me pertence a vingança, a retribuição,
a seu tempo, quando resvalar o seu pé;
porque o dia da sua calamidade está próximo,
e o seu destino se apressa em chegar.
36 Porque o SENHOR fará justiça ao seu povo
e se compadecerá dos seus servos,
quando vir que o seu poder se foi,
e já não há nem escravo nem livre.
37 Então, dirá: Onde estão os seus deuses?
E a rocha em quem confiavam?
38 Deuses que comiam a gordura de seus sacrifícios
e bebiam o vinho de suas libações?
Levantem-se eles e vos ajudem,
para que haja esconderijo para vós outros!
39 Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente,
e mais nenhum deus além de mim;
eu mato e eu faço viver;
eu firo e eu saro;
e não há quem possa livrar alguém da minha mão.
40 Levanto a mão aos céus
e afirmo por minha vida eterna:
41 se eu afiar a minha espada reluzente,
e a minha mão exercitar o juízo,
tomarei vingança contra os meus adversários
e retribuirei aos que me odeiam.
42 Embriagarei as minhas setas de sangue
(a minha espada comerá carne),
do sangue dos mortos e dos prisioneiros,
das cabeças cabeludas do inimigo.
43 Louvai, ó nações, o seu povo,
porque o SENHOR vingará o sangue dos seus servos,
tomará vingança dos seus adversários
e fará expiação pela terra do seu povo.
44 Veio Moisés e falou todas as palavras deste cântico aos ouvidos do povo, ele e Josué, filho de Num. 45 Tendo Moisés falado todas estas palavras a todo o Israel, 46 disse-lhes: Aplicai o coração a todas as palavras que, hoje, testifico entre vós, para que ordeneis a vossos filhos que cuidem de cumprir todas as palavras desta lei. 47 Porque esta palavra não é para vós outros coisa vã; antes, é a vossa vida; e, por esta mesma palavra, prolongareis os dias na terra à qual, passando o Jordão, ides para a possuir.
O Último Dia da Vida de Moisés
48 Naquele mesmo dia, falou o SENHOR a Moisés, dizendo: 49 Sobe a este monte de Abarim, ao monte Nebo, que está na terra de Moabe, defronte de Jericó, e vê a terra de Canaã, que aos filhos de Israel dou em possessão. 50 E morrerás no monte, ao qual terás subido, e te recolherás ao teu povo, como Arão, teu irmão, morreu no monte Hor e se recolheu ao seu povo, 51 porquanto prevaricastes contra mim no meio dos filhos de Israel, nas águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim, pois me não santificastes no meio dos filhos de Israel. 52 Pelo que verás a terra defronte de ti, porém não entrarás nela, na terra que dou aos filhos de Israel.
1 Esta é a bênção que Moisés, homem de Deus, deu aos filhos de Israel, antes da sua morte. 2 Disse, pois:
O SENHOR veio do Sinai
e lhes alvoreceu de Seir,
resplandeceu desde o monte Parã;
e veio das miríades de santos;
à sua direita, havia para eles o fogo da lei.
3 Na verdade, amas os povos;
todos os teus santos estão na tua mão;
eles se colocam a teus pés
e aprendem das tuas palavras.
4 Moisés nos prescreveu a lei
por herança da congregação de Jacó.
5 E o SENHOR se tornou rei ao seu povo amado,
quando se congregaram os cabeças do povo
com as tribos de Israel.
6 Viva Rúben e não morra;
e não sejam poucos os seus homens!
7 Isto é o que disse de Judá:
Ouve, ó SENHOR, a voz de Judá
e introduze-o no seu povo;
com as tuas mãos, peleja por ele
e sê tu ajuda contra os seus inimigos.
8 De Levi disse:
Dá, ó Deus, o teu Tumim e o teu Urim
para o homem, teu fidedigno,
que tu provaste em Massá,
com quem contendeste nas águas de Meribá;
9 aquele que disse a seu pai e a sua mãe:
Nunca os vi;
e não conheceu a seus irmãos
e não estimou a seus filhos,
pois guardou a tua palavra
e observou a tua aliança.
10 Ensinou os teus juízos a Jacó
e a tua lei, a Israel;
ofereceu incenso às tuas narinas
e holocausto, sobre o teu altar.
11 Abençoa o seu poder, ó SENHOR,
e aceita a obra das suas mãos,
fere os lombos dos que se levantam contra ele e o aborrecem,
para que nunca mais se levantem.
12 De Benjamim disse:
O amado do SENHOR habitará seguro com ele;
todo o dia o SENHOR o protegerá,
e ele descansará nos seus braços.
13 De José disse:
Bendita do SENHOR seja a sua terra,
com o que é mais excelente dos céus,
do orvalho e das profundezas,
14 com o que é mais excelente daquilo que o sol amadurece
e daquilo que os meses produzem,
15 com o que é mais excelente dos montes antigos
e mais excelente dos outeiros eternos,
16 com o que é mais excelente da terra e da sua plenitude
e da benevolência daquele que apareceu na sarça;
que tudo isto venha sobre a cabeça de José,
sobre a cabeça do príncipe entre seus irmãos.
17 Ele tem a imponência do primogênito do seu touro,
e as suas pontas são como as de um boi selvagem;
com elas rechaçará todos os povos
até às extremidades da terra.
Tais, pois, as miríades de Efraim,
e tais, os milhares de Manassés.
18 De Zebulom disse:
Alegra-te, Zebulom, nas tuas saídas marítimas,
e tu, Issacar, nas tuas tendas.
19 Os dois chamarão os povos ao monte;
ali apresentarão ofertas legítimas,
porque chuparão a abundância dos mares
e os tesouros escondidos da areia.
20 De Gade disse:
Bendito aquele que faz dilatar Gade,
o qual habita como a leoa
e despedaça o braço e o alto da cabeça.
21 E se proveu da melhor parte,
porquanto ali estava escondida a porção do chefe;
ele marchou adiante do povo,
executou a justiça do SENHOR
e os seus juízos para com Israel.
22 De Dã disse:
Dã é leãozinho;
saltará de Basã.
23 De Naftali disse:
Naftali goza de favores
e, cheio da bênção do SENHOR,
possuirá o lago e o Sul.
24 De Aser disse:
Bendito seja Aser entre os filhos de Jacó,
agrade a seus irmãos
e banhe em azeite o pé.
25 Sejam de ferro e de bronze os teus ferrolhos,
e, como os teus dias, durará a tua paz.
26 Não há outro, ó amado, semelhante a Deus,
que cavalga sobre os céus para a tua ajuda
e com a sua alteza sobre as nuvens.
27 O Deus eterno é a tua habitação
e, por baixo de ti, estende os braços eternos;
ele expulsou o inimigo de diante de ti
e disse: Destrói-o.
28 Israel, pois, habitará seguro,
a fonte de Jacó habitará a sós
numa terra de cereal e de vinho;
e os seus céus destilarão orvalho.
29 Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu?
Povo salvo pelo SENHOR,
escudo que te socorre,
espada que te dá alteza.
Assim, os teus inimigos te serão sujeitos,
e tu pisarás os seus altos.
1 Então, subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cimo de Pisga, que está defronte de Jericó; e o SENHOR lhe mostrou toda a terra de Gileade até Dã; 2 e todo o Naftali, e a terra de Efraim, e Manassés; e toda a terra de Judá até ao mar ocidental; 3 e o Neguebe e a campina do vale de Jericó, a cidade das Palmeiras, até Zoar. 4 Disse-lhe o SENHOR: Esta é a terra que, sob juramento, prometi a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: à tua descendência a darei; eu te faço vê-la com os próprios olhos; porém não irás para lá. 5 Assim, morreu ali Moisés, servo do SENHOR, na terra de Moabe, segundo a palavra do SENHOR. 6 Este o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura. 7 Tinha Moisés a idade de cento e vinte anos quando morreu; não se lhe escureceram os olhos, nem se lhe abateu o vigor. 8 Os filhos de Israel prantearam Moisés por trinta dias, nas campinas de Moabe; então, se cumpriram os dias do pranto no luto por Moisés.
9 Josué, filho de Num, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés impôs sobre ele as mãos; assim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos e fizeram como o SENHOR ordenara a Moisés. 10 Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o SENHOR houvesse tratado face a face, 11 no tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do SENHOR, fez na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; 12 e no tocante a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel.
O Povo do Reino de Deus
Paulo escreveu esta epístola aos cristãos da cidade de Corinto a fim de tratar de vários e sérios problemas que tinham aparecido na igreja. O próprio Paulo havia fundado a igreja de Corinto na sua segunda viagem missionária, quando passou dezoito meses naquela cidade (At 18.1-18). Havia problemas a respeito de doutrinas e da vida cristã. A igreja tinha se dividido em vários grupos, e Paulo procura levá-los a resolverem as suas diferenças e a voltarem a ser unidos, como uma igreja de Cristo deve ser.
Os cristãos de Corinto haviam escrito a Paulo, pedindo a sua opinião sobre vários assuntos, e do capítulo 7 em diante Paulo diz o que pensa a respeito desses assuntos. Uma das questões mais discutidas era a respeito dos dons do Espírito Santo, assunto tratado nos capítulos 12—14. É nesse contexto que aparece o "Hino ao amor cristão" (cap. 13), uma das passagens mais conhecidas do livro. O capítulo 15 apresenta, com clareza, a doutrina da ressurreição.
Além de questões a respeito de doutrinas, Paulo se preocupa também com a oferta que ele está recolhendo para levar aos cristãos necessitados da Judeia. O apóstolo termina a epístola com saudações pessoais.
Prefácio e saudação (1.1-9)
1. Divisão e escândalo na igreja de Corinto
a. Divisões internas na igreja (1.10—3.23)
b. Correta compreensão do ministério apostólico (4.1-21)
c. Um caso de incesto (5.1-13)
d. Questões judiciais entregues a juízes pagãos (6.1-11)
e. Problemas de imoralidade (6.12-20)
2. Resposta às consultas da igreja de Corinto
a. Matrimônio e celibato (7.1-40)
b. Alimentos consagrados a ídolos e a liberdade cristã (8.1—11.1)
c. Desordem no culto público (11.2-34)
d. A questão dos dons espirituais (12.1— 14.40)
e. A questão da ressurreição (15.1-58)
3. A oferta para os cristãos necessitados na Judeia (16.1-4)
Saudações e bênção (16.5-24)
1 Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes, 2 à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: 3 graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
4 Sempre dou graças a [meu] Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça, que vos foi dada em Cristo Jesus; 5 porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento; 6 assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós, 7 de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo, 8 o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.
10 Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. 11 Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós. 12 Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. 13 Acaso, Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo? 14 Dou graças [a Deus] porque a nenhum de vós batizei, exceto Crispo e Gaio; 15 para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome. 16 Batizei também a casa de Estéfanas; além destes, não me lembro se batizei algum outro. 17 Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo.
18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. 19 Pois está escrito:
Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.
20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? 21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação. 22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; 23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; 24 mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. 25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; 27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito:
Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.
1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. 3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. 4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, 5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
6 Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada; 7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória; 8 sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória; 9 mas, como está escrito:
Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
10 Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. 11 Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. 12 Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. 13 Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. 14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.