Leitura Diária da Bíblia

Dia 20 de janeiro: Êxodo, cap. 5 e 6

A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá. (Provérbios 10.28)

O caminho do SENHOR é fortaleza para os íntegros, mas ruína aos que praticam a iniquidade. (Provérbios 10.29)

Salmo 7

Versão Almeida Revista e Atualizada (SBB)

Deus defende o justo contra o ímpio

Canto de Davi. Entoado ao SENHOR, com respeito às palavras de Cuxe, benjamita

1 SENHOR, Deus meu, em ti me refugio; salva-me de todos os que me perseguem e livra-me; 2 para que ninguém, como leão, me arrebate, despedaçando-me, não havendo quem me livre.

3 SENHOR, meu Deus, se eu fiz o de que me culpam, se nas minhas mãos há iniquidade, 4 se paguei com o mal a quem estava em paz comigo, eu, que poupei aquele que sem razão me oprimia, 5 persiga o inimigo a minha alma e alcance-a, espezinhe no chão a minha vida e arraste no pó a minha glória.

6 Levanta-te, SENHOR, na tua indignação, mostra a tua grandeza contra a fúria dos meus adversários e desperta-te em meu favor, segundo o juízo que designaste.

7 Reúnam-se ao redor de ti os povos, e por sobre eles remonta-te às alturas.

8 O SENHOR julga os povos; julga-me, SENHOR, segundo a minha retidão e segundo a integridade que há em mim.

9 Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo Deus.

10 Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração.

11 Deus é justo juiz, Deus que sente indignação todos os dias.

12 Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto;

13 para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.

14 Eis que o ímpio está com dores de iniquidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.

15 Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.

16 A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência.

17 Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.


The Bible Project Reading Plan

Parte III

A Saída do Egito

O Livro do Êxodo

Capítulo 5

Moisés e Arão falam a Faraó

1 Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. 2 Respondeu Faraó: Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel. 3 Eles prosseguiram: O Deus dos hebreus nos encontrou; deixa-nos ir, pois, caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao SENHOR, nosso Deus, e não venha ele sobre nós com pestilência ou com espada. 4 Então, lhes disse o rei do Egito: Por que, Moisés e Arão, por que interrompeis o povo no seu trabalho? Ide às vossas tarefas. 5 Disse também Faraó: O povo da terra já é muito, e vós o distraís das suas tarefas.

Faraó aflige os israelitas

6 Naquele mesmo dia, pois, deu ordem Faraó aos superintendentes do povo e aos seus capatazes, dizendo: 7 Daqui em diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como antes; eles mesmos que vão e ajuntem para si a palha. 8 E exigireis deles a mesma conta de tijolos que antes faziam; nada diminuireis dela; estão ociosos e, por isso, clamam: Vamos e sacrifiquemos ao nosso Deus. 9 Agrave-se o serviço sobre esses homens, para que nele se apliquem e não deem ouvidos a palavras mentirosas.

10 Então, saíram os superintendentes do povo e seus capatazes e falaram ao povo: Assim diz Faraó: Não vos darei palha. 11 Ide vós mesmos e ajuntai palha onde a puderdes achar; porque nada se diminuirá do vosso trabalho. 12 Então, o povo se espalhou por toda a terra do Egito a ajuntar restolho em lugar de palha. 13 Os superintendentes os apertavam, dizendo: Acabai vossa obra, a tarefa do dia, como quando havia palha. 14 E foram açoitados os capatazes dos filhos de Israel, que os superintendentes de Faraó tinham posto sobre eles; e os superintendentes lhes diziam: Por que não acabastes nem ontem, nem hoje a vossa tarefa, fazendo tijolos como antes?

Os israelitas se queixam de Moisés e Arão

15 Então, foram os capatazes dos filhos de Israel e clamaram a Faraó, dizendo: Por que tratas assim a teus servos? 16 Palha não se dá a teus servos, e nos dizem: Fazei tijolos. Eis que teus servos são açoitados; porém o teu próprio povo é que tem a culpa. 17 Mas ele respondeu: Estais ociosos, estais ociosos; por isso, dizeis: Vamos, sacrifiquemos ao SENHOR. 18 Ide, pois, agora, e trabalhai; palha, porém, não se vos dará; contudo, dareis a mesma quantidade de tijolos. 19 Então, os capatazes dos filhos de Israel se viram em aperto, porquanto se lhes dizia: Nada diminuireis dos vossos tijolos, da vossa tarefa diária. 20 Quando saíram da presença de Faraó, encontraram Moisés e Arão, que estavam à espera deles; 21 e lhes disseram: Olhe o SENHOR para vós outros e vos julgue, porquanto nos fizestes odiosos aos olhos de Faraó e diante dos seus servos, dando-lhes a espada na mão para nos matar.

22 Então, Moisés, tornando-se ao SENHOR, disse: Ó Senhor, por que afligiste este povo? Por que me enviaste? 23 Pois, desde que me apresentei a Faraó, para falar-lhe em teu nome, ele tem maltratado este povo; e tu, de nenhuma sorte, livraste o teu povo.

Capítulo 6

1 Disse o SENHOR a Moisés: Agora, verás o que hei de fazer a Faraó; pois, por mão poderosa, os deixará ir e, por mão poderosa, os lançará fora da sua terra.

Deus promete livrar os israelitas

2 Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o SENHOR. 3 Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido. 4 Também estabeleci a minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de Canaã, a terra em que habitaram como peregrinos. 5 Ainda ouvi os gemidos dos filhos de Israel, os quais os egípcios escravizam, e me lembrei da minha aliança. 6 Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. 7 Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito. 8 E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão. Eu sou o SENHOR. 9 Desse modo falou Moisés aos filhos de Israel, mas eles não atenderam a Moisés, por causa da ânsia de espírito e da dura escravidão.

10 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: 11 Vai ter com Faraó, rei do Egito, e fala-lhe que deixe sair de sua terra os filhos de Israel. 12 Moisés, porém, respondeu ao SENHOR, dizendo: Eis que os filhos de Israel não me têm ouvido; como, pois, me ouvirá Faraó? E não sei falar bem. 13 Não obstante, falou o SENHOR a Moisés e a Arão e lhes deu mandamento para os filhos de Israel e para Faraó, rei do Egito, a fim de que tirassem os filhos de Israel da terra do Egito.

Genealogias de Moisés e Arão

14 São estes os chefes das famílias: os filhos de Rúben, o primogênito de Israel: Enoque, Palu, Hezrom e Carmi; são estas as famílias de Rúben. 15 Os filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul, filho de uma cananeia; são estas as famílias de Simeão. 16 São estes os nomes dos filhos de Levi, segundo as suas gerações: Gérson, Coate e Merari; e os anos da vida de Levi foram cento e trinta e sete. 17 Os filhos de Gérson: Libni e Simei, segundo as suas famílias. 18 Os filhos de Coate: Anrão, Isar, Hebrom e Uziel; e os anos da vida de Coate foram cento e trinta e três. 19 Os filhos de Merari: Mali e Musi; são estas as famílias de Levi, segundo as suas gerações. 20 Anrão tomou por mulher a Joquebede, sua tia; e ela lhe deu a Arão e Moisés; e os anos da vida de Anrão foram cento e trinta e sete. 21 Os filhos de Isar: Corá, Nefegue e Zicri. 22 Os filhos de Uziel: Misael, Elzafã e Sitri. 23 Arão tomou por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naassom; e ela lhe deu à luz Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. 24 Os filhos de Corá: Assir, Elcana e Abiasafe; são estas as famílias dos coraítas. 25 Eleazar, filho de Arão, tomou por mulher, para si, uma das filhas de Putiel; e ela lhe deu à luz Fineias; são estes os chefes de suas casas, segundo as suas famílias.

26 São estes Arão e Moisés, aos quais o SENHOR disse: Tirai os filhos de Israel da terra do Egito, segundo as suas hostes. 27 São estes que falaram a Faraó, rei do Egito, a fim de tirarem do Egito os filhos de Israel; são estes Moisés e Arão.


Leitura Extra

Jesus e o Reino de Deus

O Evangelho de Marcos

Capítulo 11

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém

Mt 21.1-17; Lc 19.28-40; Jo 12.12-19

1 Quando se aproximavam de Jerusalém, de Betfagé e Betânia, junto ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois dos seus discípulos 2 e disse-lhes: Ide à aldeia que aí está diante de vós e, logo ao entrar, achareis preso um jumentinho, o qual ainda ninguém montou; desprendei-o e trazei-o. 3 Se alguém vos perguntar: Por que fazeis isso? Respondei: O Senhor precisa dele e logo o mandará de volta para aqui. 4 Então, foram e acharam o jumentinho preso, junto ao portão, do lado de fora, na rua, e o desprenderam. 5 Alguns dos que ali estavam reclamaram: Que fazeis, soltando o jumentinho? 6 Eles, porém, responderam conforme as instruções de Jesus; então, os deixaram ir. 7 Levaram o jumentinho, sobre o qual puseram as suas vestes, e Jesus o montou. 8 E muitos estendiam as suas vestes no caminho, e outros, ramos que haviam cortado dos campos. 9 Tanto os que iam adiante dele como os que vinham depois clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10 Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana, nas maiores alturas!

11 E, quando entrou em Jerusalém, no templo, tendo observado tudo, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze.

A figueira sem fruto

Mt 21.18-22

12 No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. 13 E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. 14 Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto.

A purificação do templo

Mt 21.12-17; Lc 19.45-48

15 E foram para Jerusalém. Entrando ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. 16 Não permitia que alguém conduzisse qualquer utensílio pelo templo; 17 também os ensinava e dizia: Não está escrito:

A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações?

Vós, porém, a tendes transformado em covil de salteadores.18 E os principais sacerdotes e escribas ouviam estas coisas e procuravam um modo de lhe tirar a vida; pois o temiam, porque toda a multidão se maravilhava de sua doutrina. 19 Em vindo a tarde, saíram da cidade.

O poder da fé

20 E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. 21 Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou. 22 Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; 23 porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. 24 Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. 25 E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. 26 [Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.]

A autoridade de Jesus e o batismo de João

Mt 21.23-27; Lc 20.1-8

27 Então, regressaram para Jerusalém. E, andando ele pelo templo, vieram ao seu encontro os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos 28 e lhe perguntaram: Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres? 29 Jesus lhes respondeu: Eu vos farei uma pergunta; respondei-me, e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. 30 O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei! 31 E eles discorriam entre si: Se dissermos: Do céu, dirá: Então, por que não acreditastes nele? 32 Se, porém, dissermos: dos homens, é de temer o povo. Porque todos consideravam a João como profeta. 33 Então, responderam a Jesus: Não sabemos. E Jesus, por sua vez, lhes disse: Nem eu tampouco vos digo com que autoridade faço estas coisas.

Capítulo 12

A parábola dos lavradores maus

Mt 21.33-46; Lc 20.9-19

1 Depois, entrou Jesus a falar-lhes por parábola: Um homem plantou uma vinha, cercou-a de uma sebe, construiu um lagar, edificou uma torre, arrendou-a a uns lavradores e ausentou-se do país. 2 No tempo da colheita, enviou um servo aos lavradores para que recebesse deles dos frutos da vinha; 3 eles, porém, o agarraram, espancaram e o despacharam vazio. 4 De novo, lhes enviou outro servo, e eles o esbordoaram na cabeça e o insultaram. 5 Ainda outro lhes mandou, e a este mataram. Muitos outros lhes enviou, dos quais espancaram uns e mataram outros. 6 Restava-lhe ainda um, seu filho amado; a este lhes enviou, por fim, dizendo: Respeitarão a meu filho. 7 Mas os tais lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; ora, vamos, matemo-lo, e a herança será nossa. 8 E, agarrando-o, mataram-no e o atiraram para fora da vinha. 9 Que fará, pois, o dono da vinha? Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros. 10 Ainda não lestes esta Escritura:

A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular;

11 isto procede do Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos?

12 E procuravam prendê-lo, mas temiam o povo; porque compreenderam que contra eles proferira esta parábola. Então, desistindo, retiraram-se.

A questão do tributo

Mt 22.15-22; Lc 20.19-26

13 E enviaram-lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra. 14 Chegando, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te importas com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens; antes, segundo a verdade, ensinas o caminho de Deus; é lícito pagar tributo a César ou não? Devemos ou não devemos pagar? 15 Mas Jesus, percebendo-lhes a hipocrisia, respondeu: Por que me experimentais? Trazei-me um denário para que eu o veja. 16 E eles lho trouxeram. Perguntou-lhes: De quem é esta efígie e inscrição? Responderam: De César. 17 Disse-lhes, então, Jesus: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E muito se admiraram dele.

Os saduceus e a ressurreição

Mt 22.23-33; Lc 20.27-40

18 Então, os saduceus, que dizem não haver ressurreição, aproximaram-se dele e lhe perguntaram, dizendo: 19 Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se morrer o irmão de alguém e deixar mulher sem filhos, seu irmão a tome como esposa e suscite descendência a seu irmão. 20 Ora, havia sete irmãos; o primeiro casou e morreu sem deixar descendência; 21 o segundo desposou a viúva e morreu, também sem deixar descendência; e o terceiro, da mesma forma. 22 E, assim, os sete não deixaram descendência. Por fim, depois de todos, morreu também a mulher. 23 Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de qual deles será ela a esposa? Porque os sete a desposaram. 24 Respondeu-lhes Jesus: Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus? 25 Pois, quando ressuscitarem de entre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento; porém, são como os anjos nos céus. 26 Quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido no Livro de Moisés, no trecho referente à sarça, como Deus lhe falou:

Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó?

27 Ora, ele não é Deus de mortos, e sim de vivos. Laborais em grande erro.

O grande mandamento

Mt 22.34-40; Lc 10.25-28

28 Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos? 29 Respondeu Jesus: O principal é:

Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!

30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.

31 O segundo é:

Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Não há outro mandamento maior do que estes.32 Disse-lhe o escriba: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que ele é o único, e não há outro senão ele, 33 e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios. 34 Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém mais ousava interrogá-lo.

O Cristo, filho de Davi

Mt 22.41-46; Lc 20.41-44

35 Jesus, ensinando no templo, perguntou: Como dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi? 36 O próprio Davi falou, pelo Espírito Santo:

Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.

37 O mesmo Davi chama-lhe Senhor; como, pois, é ele seu filho? E a grande multidão o ouvia com prazer.

Jesus censura os escribas

Mt 23.1-7,14; Lc 20.45-47

38 E, ao ensinar, dizia ele: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes talares e das saudações nas praças; 39 e das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos primeiros lugares nos banquetes; 40 os quais devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações; estes sofrerão juízo muito mais severo.

A oferta da viúva pobre

Lc 21.1-4

41 Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. 42 Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. 43 E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. 44 Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.

A oferta da viúva pobre